A Chata das Dietas https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br Os regimes da moda na balança Thu, 02 Jul 2020 13:55:49 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Associação médica dos EUA reconhece low carb como opção contra diabetes https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2019/05/10/associacao-medica-dos-eua-reconhece-low-carb-como-opcao-contra-diabetes/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2019/05/10/associacao-medica-dos-eua-reconhece-low-carb-como-opcao-contra-diabetes/#respond Fri, 10 May 2019 12:01:26 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/Fotolia_196008973_S-320x213.jpg https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=897 A dieta low carb, que prevê um baixo consumo de carboidratos como pães e massas, pode ser usada para tratar diabetes tipo 2, segundo a nova diretriz da Associação Americana de Diabetes (ADA, em inglês).

O documento, publicado em abril, atualiza recomendações anteriores e é usado como uma referência para combater a doença, muitas vezes relacionada com a obesidade.

É a primeira vez que a dieta da moda, que já foi adotada por celebridades como a atriz Paolla Oliveira e a cantora americana Jennifer Lopez, é citada em um consenso do tipo.

“As evidências científicas já estavam claras há muitos anos, mas havia uma resistência das associações em fazer esse endosso, em parte por ser algo popular. O que deve definir se algo é válido ou não é a popularidade, mas o nível de evidência”, diz o médico José C. Souto, presidente da Associação Brasileira LowCarb, criada em setembro do ano passado.

A Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) ainda não tem um posicionamento a respeito. Mas o presidente da entidade, Rodrigo Moreira, vê com ressalvas a inclusão da dieta na diretriz americana.

“Não é um endosso. Não estão dizendo que é a melhor dieta contra o diabetes, estão apenas dizendo que é uma opção. Acho que nenhum endocrinologista discorda que é uma opção, mas não pode ter radicalismo”, diz.

Em média, um adulto consome entre 55% e 65% das calorias diárias em forma de carboidrato. Além de pães e açúcares, entram nessa conta frutas, legumes, cereais e leguminosas.

Na dieta low carb, o consumo de carboidrato é reduzido a menos de 45% da dieta, ou abaixo de 100-130 gramas por dia. A restrição pode ser mais radical: em torno de 20 a 50 gramas por dia (menos de 10% das calorias). É a chamada dieta cetogênica.

Quem faz low carb em geral segue um cardápio à base de proteínas, legumes, verduras e gorduras.

É mais ou menos a mesma coisa que recomenda a chamada dieta da proteína, ou dieta Atkins, que surgiu nos anos 1970 com um livro do médico americano Robert Atkins.

“A diferença é que o Atkins era mais marqueteiro, dizia coma quanto quiser, quanta gordura quiser. Hoje, ninguém vai dizer isso para o paciente. Não indicamos porções, mas alimentos supergordurosos não são liberados”, diz Souto.

Para Moreira, da Sbem, o maior consumo de proteína animal e de gordura saturada pode elevar o risco de colesterol.

Souto rebate: “O documento da ADA fala sobre isso. Diz que com as evidências atuais o low carb parece não aumentar o risco cardiovascular”.

Mas a diretriz também afirma que são necessárias mais pesquisas, e de longo prazo.

“Temos vários estudos científicos com low carb. Há um benefício grande no curto prazo, mas que é difícil de ser sustentado. É uma opção possível, mas que deve ser acompanhada por nutricionista. Não dá para fazer por conta”, diz Moreira.

A dieta é contraindicada para grávidas, mulheres que estão tentando engravidar, pessoas com risco de desenvolver transtorno alimentar, pacientes de doenças renais ou quem toma uma nova classe de drogas contra diabetes, as glifozinas.

Segundo Moreira, mais importante do que a quantidade de carboidratos é a qualidade. E isso vale para todo mundo, não só para quem quer emagrecer.

“O problema não é a quantidade de carboidrato, mas o tipo. A discussão vai muito mais para esse lado hoje. Se você come açúcar, farinha e alimentos ultraprocessados, mesmo em quantidades pequenas, pode ter malefícios. Mas carboidratos complexos, como vegetais, frutas e laticínios, têm benefícios imensos para a saúde.”

Para o nutricionista do esporte Felipe Quintinho de Souza Almeida os carboidratos não são vilões.

“Não estamos engordando por causa de carboidratos. Na verdade, nossa ingestão está dentro das quantidades indicadas. Ingerimos um pouco mais de gordura e de proteína do que o recomendado e mais calorias, por causa dos ultraprocessados”, diz.

Aviso: Este blog entra em férias e volta no início de junho.

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As cinco piores dietas de celebridades para não fazer em 2017 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/12/12/as-cinco-piores-dietas-de-celebridades-para-nao-fazer-em-2017/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/12/12/as-cinco-piores-dietas-de-celebridades-para-nao-fazer-em-2017/#respond Mon, 12 Dec 2016 16:09:55 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=550 Quem quiser emagrecer em 2017, além de tirar do papel a promessa de fazer exercício físico, deve evitar cinco dietas de celebridades, entre elas a detox e a do suco verde.

A recomendação é da associação de nutricionistas britânicos (BDA), que divulgou uma lista de regimes feitos por atrizes de Hollywood, como Jessica Alba e Gwyneth Paltrow, que não merecem ser copiados.

“Com o Réveillon se aproximando, o aumento da quantidade de blogs sobre perda de peso, posts de mídia social, livros de dieta e DVDs de ginástica com celebridades é inevitável. É preciso questionar se alguém não está lucrando com seus sonhos e se, em vez de perder peso, você só vai perder dinheiro”, diz o texto de divulgação da lista.

O órgão afirma receber centenas de ligações sobre uma enorme variedade de dietas, muitas delas estranhas. Com base nisso, a entidade escolheu cinco regimes que não valem a pena. Veja abaixo:

 

1. DIETA DETOX

O que é: Proíbe o consumo de alimentos processados e recomenda somente a ingestão de comidas “limpas”, sem açúcar refinado, com vegetais in natura e preparações caseiras. Algumas versões da dieta restringem ainda a ingestão de glúten, laticínios e proteína animal.

Quem faz: A modelo australiana Miranda Kerr e a atriz americana Jessica Alba.

Opinião da entidade: “Deixe a limpeza para a sua cozinha. Embora seja benéfico reduzir o açúcar refinado e limitar a ingestão de comidas processadas, a ideia de que existem alimentos ‘limpos’ e ‘sujos’ é preocupante”.

De acordo com o órgão, esse modo de pensar pode levar à ortorexia –um transtorno psiquiátrico em que a pessoa tem obsessão por comidas saudáveis.

Além disso, muitos alimentos são proibidos sem nenhum embasamento científico. “A menos que você tenha intolerância ou alergia a glúten ou lactose, não há necessidade de eliminar cereais integrais e laticínios do cardápio. Eles podem fazer falta na dieta”, diz a entidade.

 

2. PÍLULAS EMAGRECEDORAS

O que é: Tomar pílulas ou suplementos fitoterápicos que supostamente dificultam a absorção de gordura, diminuem o apetite ou aumentam o metabolismo.

Quem faz: A socialite americana Kim Kardashian já teria usado pílulas de cafeína para perder peso.

Opinião da entidade: “Perigo! Pílulas emagrecedoras nunca devem ser tomadas sem a indicação de um especialista. Até mesmo remédios regulamentados para a perda de peso têm efeitos colaterais”.

De acordo com a entidade, houve um aumento no número de pílulas vendidas on-line. A maioria desses produtos não tem registro em órgãos de vigilância sanitária e é composta por substâncias que nem sempre são aprovadas para consumo humano.

 

3. CHÁ DETOX

O que é: Conhecida pela expressão “teatoxing” (junção de chá e detox, em inglês), a dieta prevê o uso de chás compostos que prometem reduzir o inchaço, melhorar a pele e ajudar na perda de peso.

Quem faz: A cantora Nicki Minaj e a socialite Kylie Jenner postam fotos em redes sociais tomando esses chás.

Opinião da entidade: “Esses chás emagrecedores geralmente contêm cafeína extra na forma de guaraná ou erva-mate, além de ingredientes diuréticos e laxantes. Não é seguro tomá-los por mais de uma semana sem a supervisão de um especialista”.

Mesmo que os números diminuam na balança, a perda de peso pode significar perda de água, não de gordura. Também há risco de efeitos colaterais como diarréia, desidratação e desequilíbrio eletrolítico.

 

4. A DIETA 6:1

O que é: O regime envolve comer normalmente por seis dias e jejuar um dia por semana. Algumas pessoas ingerem poucas calorias durante o jejum, outras não comem absolutamente nada por 24 horas.

Quem faz: O vocalista da banda britânica Coldplay, Chris Martin, diz que o regime o tornou mais criativo.

Opinião da entidade: “Não há evidência de que uma dieta como essa faria você mais criativo, e, dependendo da sua idade, saúde e estilo de vida, o jejum pode ser perigoso”.

Segundo a entidade, ficar sem comer durante um dia inteiro pode resultar em cansaço, mau humor e dificuldade de concentração.

 

5. SUCOS VERDES

O que é: Tomar sucos ou smoothies compostos de frutas, legumes e suplementos. O pacote de benefícios incluiria desde perda de peso até desintoxicação do organismo e rejuvenescimento.

Quem faz: A modelo britânica Rosie Huntington-Whiteley e as atrizes americanas Blake Lively e Gwyneth Paltrow.

Opinião da entidade: “Menos suco! O corpo é perfeitamente capaz de se desintoxicar sem o auxílio desses líquidos verdes”.

De acordo com os especialistas, adicionar suco verde na dieta não vai compensar escolhas alimentares ruins. Muitas receitas incluem ingredientes calóricos –óleo de coco e abacate, por exemplo– e chegam a ter 400 kcal por copo. Quem toma o suco no café da manhã junto com outros alimentos pode ganhar peso em vez de perder.

“O suco verde não é uma solução mágica. Continue comendo vegetais frescos e limite a ingestão de sucos para 150 ml diários.”

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