A Chata das Dietas https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br Os regimes da moda na balança Thu, 02 Jul 2020 13:55:49 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Em tempos de coronavírus, nutrólogo diz o que ajuda na imunidade e o que é fake news https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2020/02/28/em-tempos-de-coronavirus-nutrologo-diz-o-que-ajuda-na-imunidade-e-o-que-e-fake-news/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2020/02/28/em-tempos-de-coronavirus-nutrologo-diz-o-que-ajuda-na-imunidade-e-o-que-e-fake-news/#respond Fri, 28 Feb 2020 18:08:45 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/frutas-320x213.jpg https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=999  

O nutrólogo Daniel Magnoni recebeu uma chuva de mensagens dos seus pacientes na última semana. Todos querem uma receita para aumentar a imunidade diante da explosão do número de casos de coronavírus.

A resposta do médico, que é chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese e do HCor, em São Paulo, é que não existe uma fórmula para evitar o contágio pelo vírus, que surgiu na China e até agora já infectou mais de 83 mil pessoas.

“Mas, se o coronavírus pegar você bem nutrido, é melhor do que se ele pegar desnutrido”, diz.

Segundo ele, pesquisas mostram que a dieta tem um papel importantíssimo na imunidade. “É claro que outros fatores, como sono e estresse, também interferem, mas eu não posso tirar o estresse da pessoa, e muitas vezes ela não consegue dormir mais ou melhor. Então o que posso dizer é: coma bastante proteína e três frutas por dia.”

O nutrólogo explicou a relação entre dieta e imunidade e deu outras recomendações na entrevista abaixo.

 

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Existe uma relação direta entre dieta e imunidade?

Sim, sem dúvida. A dieta é um dos pontos principais. Não tem como aumentar a imunidade sem mudar a alimentação. A produção de células de defesa depende disso. O desnutrido tem baixa imunidade; o idoso com sarcopenia, perda de massa muscular, tem baixa imunidade.

Uma mudança na dieta pode ter efeito rápido no aumento da imunidade?

Sim. Estudos mostram que cinco dias depois de uma mudança na dieta já começa a melhorar uma coisa chamada habilidade orgânica de produzir proteínas. O que prova isso é um exame chamado pré-albumina.

Quais alimentos ajudam a aumentar as defesas do organismo?

A proteína é o fator mais associado com a melhora da imunidade. Para pessoas desnutridas ou pacientes convalescentes sempre indicamos uma maior ingestão de proteínas. As proteínas estão relacionadas com a produção das células de defesa: glóbulos brancos e anticorpos.

Além disso, você também tem que aumentar a ingestão de oligoelementos, vitaminas e minerais relacionados com essa produção: zinco, selênio, magnésio, cálcio e vitaminas A, B e C. As frutas são as melhores fontes desses nutrientes.

Pode ser qualquer tipo de proteína ou tem que ser proteína animal? 

Qualquer tipo, proteína animal, whey protein, o que quiser. A proteína animal tem um coeficiente maior, um índice, chamado QR, que mede a habilidade do alimento ingerido, depois da digestão, ser capaz de produzir proteína no nosso organismo.

A melhor proteína vegetal é a soja, que tem o perfil de aminoácidos mais parecido com o da proteína animal. Mas a proteína animal é ainda melhor.

Se você não come carne, pode comer ovo, se não come nem carne nem ovo, tome leite. Se não ingere nada disso, se é um vegetariano estrito, não quer dizer que vai ter imunidade zero, mas tem que se concentrar nos vegetais com bastante proteína: trigo, ervilha, soja e leguminosas de uma forma geral. Quanto mais in natura o vegetal, maior seu aporte de proteínas e minerais. Brócolis cozido tem menos propriedades do que brócolis fresco na salada.

Alguma fruta é mais indicada? As cítricas, por exemplo?

Não tem nada a ver. Coma todo tipo de fruta, pode ir variando. Três frutas por dia.

E outros alimentos que muitas vezes são associados com imunidade, como gengibre e alho? Eles têm algum efeito?

Não. Nem isso nem antioxidante ou chá verde, tudo isso é fake news. Estou falando de medicina baseada em evidências. O que ajuda são alimentos que fornecem nutrientes necessários para a habilidade orgânica de produzir proteínas, ou seja, basicamente a própria proteína, vitaminas e minerais. Há diretrizes internacionais de sociedades de nutrição que corroboram essas informações.

Castanhas e outras oleaginosas podem ajudar?

Podem sim. São fontes de zinco, selênio e gordura monoinsaturada. Não tem dose para isso, mas tem que ficar de olho nas calorias.

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O que e quando comer à noite para não engordar https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2019/03/27/o-que-e-quando-comer-a-noite-para-nao-engordar/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2019/03/27/o-que-e-quando-comer-a-noite-para-nao-engordar/#respond Wed, 27 Mar 2019 13:42:07 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/03/Fotolia_255237262_S-320x213.jpg https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=887

Jantar tarde pode contribuir para o ganho de peso, de acordo com um estudo apresentado no último sábado (23) no congresso Endo 2019, da sociedade americana de endocrinologia.

O trabalho, coordenado por pesquisadores da Universidade de Colorado em Denver, descobriu que quem deixa para comer mais tarde tem níveis mais altos de gordura corporal e maior IMC (índice de massa corporal) em comparação com quem janta cedo.

O estudo não fala qual é o horário ideal para fazer a última refeição –em média, os participantes da pesquisa jantam às 20h.

O trabalho acompanhou a rotina de 31 voluntários com aparelhos que monitoram a atividade física e o sono. Os participantes foram inseridos em um programa de perda de peso e tiveram que registrar todas as refeições.

“Essas descobertas sustentam nosso estudo global, que vai analisar se restringir a janela de alimentação para o início do dia pode reduzir o risco de obesidade”, diz Adnin Zaman, coordenadora do trabalho.

Não é a primeira vez que cientistas associam o horário das refeições com um maior ou menor risco de ganhar peso.

“Quando você come a maior parte das calorias cedo, há maior probabilidade de elas serem usadas como energia e menor risco de serem armazenadas como gordura, por causa de diferentes níveis hormonais”, disse a professora de nutrição Lona Sandon, do Centro Médico Sudoeste da Universidade do Texas, ao site de notícias de saúde Medical Xpress.

As Diretrizes Brasileiras de Obesidade, documento feito pela Abeso (associação brasileira de estudo da obesidade), afirmam que consumir mais calorias no início do dia, em vez de no fim do dia, ajuda a evitar o ganho de peso.

“O mecanismo de ação pelo qual o momento da alimentação pode ajudar a controlar o peso é por influência no ritmo circadiano”, diz um trecho do guia.

O relógio biológico regula a secreção de substâncias como a melatonina (associada ao sono) e a grelina, conhecida como hormônio da fome.

BARRIGA CHEIA ATRAPALHA O SONO

“O maior problema de comer à noite é o risco de atrapalhar o sono”, diz a nutricionista clínica e esportiva Jéssica Borrelli.

Segundo ela, se a refeição for pesada, com gordura e carboidratos simples (refinados), o organismo tem que se concentrar na digestão do alimento, o que piora a qualidade do sono.

“Estudos mostram que quem dorme mal tem uma alteração nos níveis de grelina e leptina, hormônios relacionados com a fome e a saciedade. Essas pessoas tendem a ter mais fome ao longo do dia”, diz Jéssica.

Para ela, o mundo ideal seria comer das 6h às 18h. Como muitas vezes isso é impossível, Jéssica dá uma alternativa: fazer um lanche mais reforçado no fim da tarde e, à noite, comer algo leve.

“Dá para colocar um lanche com carboidrato e proteína magra lá pelas 16h, 17h, que é quando em geral temos um pico de compulsão, queremos comer algo”, diz.

Ela sugere um lanche com pão integral e proteína magra (como creme de ricota e peito de frango) ou uma panqueca de banana com ovo e aveia.

À noite, no jantar, sopas e legumes refogados com frango ou peixe grelhado são boas opções. Não existe restrição para o consumo de carboidratos, o problema é tipo de carboidrado: é melhor evitar os refinados (pão branco, bolacha, massas).

“Você vai dormir, esse carboidrato pode ser transformado em gordura”, diz.

E é sempre bom lembrar que para quem quer perder peso só controlar o jantar não é suficiente.

“Se a pessoa come demais durante o dia, não adianta restringir a alimentação à noite. O jantar sozinho não conserta a dieta. A conta não fecha”, diz Jéssica.

Se der fome antes de dormir, a nutricionista Andrea Marim sugere um chá de camomila com uma fatia (30 g) de queijo meia cura, um iogurte desnatado ou uma maçã assada com canela.

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A ideia do material é combater informações falsas, divulgadas muitas vezes por meio de redes sociais. “Colocar em prática muitas dessas orientações pode comprometer a saúde e o tratamento, em vez de ajudar”, diz o texto, divulgado em evento em janeiro.

Vamos aos mitos:

1. Carboidratos alimentam o tumor 

Sim, todas as células do corpo, inclusive as de um tumor, usam glicose como fonte de energia. E a glicose vem de carboidratos, como farinha de trigo, mandioca, açúcar e arroz.

Estudos realizados em laboratório mostraram que a restrição de glicose reduziria o crescimento do tumor. Mas não há pesquisas com humanos. Por isso, o Inca considera que as evidências científicas não são suficientes para banir o carboidrato da dieta.

Fora que, sem carboidrato, o corpo pode acabar tendo que usar outros meios para obter energia, como as proteínas dos músculos –e perder músculos não é bom para quem está em tratamento.

“Também não é verdade que se você comer carboidratos durante o tratamento a quimioterapia não vai funcionar”, diz um trecho do texto.


2. Proteínas de origem animal devem ser cortadas do cardápio de quem tem câncer

Esse mito não tem nem uma teoria por trás. Durante o tratamento, é importante ingerir proteína de várias fontes, seja animal ou vegetal.

O nutriente é o principal componente estrutural das células e desempenha funções que vão desde a construção dos músculos até a síntese de hormônios.

Além de alimentos de origem animal, como carne, ovos e leite, são boas fontes de proteína: feijão, grão-de-bico, lentilha, ervilha e castanhas.


3. Cogumelo do sol, graviola e chá verde curam a doença

Infelizmente não. Nenhum alimento tem poder de curar o câncer. Mas uma alimentação variada, com frutas, legumes, verduras, leguminosas e castanhas, auxilia na prevenção e no tratamento da doença.

“Quanto mais colorida for a alimentação, mais fortalecidas estarão as defesas do seu corpo”, diz a cartilha.

 

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Conheça as 10 dietas mais buscadas na internet e saiba a opinião de nutricionistas https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2018/10/23/conheca-as-10-dietas-mais-buscadas-na-internet-e-saiba-a-opiniao-de-nutricionistas/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2018/10/23/conheca-as-10-dietas-mais-buscadas-na-internet-e-saiba-a-opiniao-de-nutricionistas/#respond Tue, 23 Oct 2018 16:16:50 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/10/Fotolia_106732014_S-320x213.jpg https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=802 No último semestre, os brasileiros buscaram o termo “dieta” 4 milhões de vezes na internet. Só a dieta sem glúten, a mais pesquisada, teve 327 mil buscas em sites como Google e Bing.

Os dados são de um mapeamento da empresa de marketing digital Semrush. O levantamento mostrou as dez dietas mais populares na internet, entre elas a do tipo sanguíneo, que determina o cardápio de acordo com a tipagem do sangue, e a dieta Dukan, criada pelo médico francês Pierre Dukan, que prevê um alto consumo de proteínas.

No mesmo período, o termo “reeducação alimentar” foi procurado 108 mil vezes.

Abaixo, conheça cada uma das dez dietas mais pesquisadas e saiba a opinião de duas nutricionistas: Livia Hasegawa, nutricionista esportiva e funcional, e Thayana Albuquerque, nutricionista e naturopata.

Nenhuma delas recomenda seguir dietas da moda encontradas na internet.

“O grande risco são as deficiências nutricionais. As pessoas podem fazer grandes restrições sem necessidade, ficar com deficiência de vitaminas e minerais, sofrer episódios de compulsão alimentar e promover até o aparecimento de algumas doenças”, diz Livia.

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1° Dieta sem glúten (327.570 buscas)

Proíbe a ingestão de alimentos com glúten, proteína vegetal presente no trigo, no malte, no centeio e na cevada, que, no organismo de pessoas sensíveis, pode provocar reações, entre elas diarreia e fadiga. Segundo os praticantes da dieta, limitar o glúten ajudaria no funcionamento do intestino e no emagrecimento.

O que dizem as nutricionistas

Livia: “Indicada para quem tem alergia ou intolerância ao glúten. O risco de uma pessoa tirar o glúten por conta própria é ela acabar achando que pode consumir outros alimentos à vontade.”

Thayana: “As pessoas têm uma falsa impressão de que tirar o glúten pode ajudar a emagrecer. O glúten não tem o poder de emagrecer ou engordar. Quando as pessoas leigas tiram o glúten elas automaticamente retiram pães e massas tradicionais e consequentemente consomem menos calorias. A redução do consumo de calorias ajuda a emagrecer, não o glúten. O problema é que ao fazer isso de qualquer jeito a pessoa também pode desenvolver alguns transtornos alimentares causados pela restrição alimentar.”

2° Dieta Dukan (192.610 buscas)

Criada pelo médico francês Pierre Dukan, já foi seguida por celebridades como a duquesa de Cambridge Kate Middleton. É estruturada em quatro fases, duas para emagrecer e duas para estabilizar o peso. Nas fases iniciais é permitido apenas o consumo de proteínas, legumes e verduras. Frutas, pães, queijos e carboidratos entram no cardápio só depois que a pessoa atingir o peso ideal.

O que dizem as nutricionistas

Thayana: “É uma excelente estratégia para emagrecer rápido. Mas infelizmente sabemos que, se a pessoa emagrece rápido, existe uma tendência de recuperar o peso perdido em até um ano.”

Livia: “Dieta muito monótona, difícil de ser mantida por muito tempo e que pode levar a casos de compulsão alimentar (já atendi pacientes assim). Além disso, algumas pessoas têm problemas com digestão de proteínas (ficam com gases, o intestino fica inflamado).”

3° Dieta da comida crua (81.330 buscas)

Também chamada de dieta crudívora ou movimento “raw food”, leva apenas alimentos crus (verduras, legumes, frutas e sementes) ou aquecidos abaixo de 46ºC, o que, segundo seus seguidores, ajuda a manter enzimas e nutrientes essenciais que se perdem com o cozimento. Não são consumidos industrializados, açúcares ou farinhas

O que dizem as nutricionistas

Livia: “Tem um lado bom, por ser baseada em comida de verdade, alimentos naturais. Mas temos que lembrar que alguns nutrientes são ativados pelo calor, como o licopeno (do tomate), então é sempre interessante variar os alimentos entre crus e cozidos. É preciso tomar cuidado com a contaminação de ovos e carnes cruas.”

Thayana: “Seria perfeita se todos os organismos tolerassem alimentos crus, mas isso não é uma realidade. Na verdade, consumir apenas comida crua pode trazer problemas à saúde. Alimentos crus aumentam o risco de intoxicação alimentar. Além disso, a simples retirada de alimentos que precisam ser cozidos ou aquecidos, como carnes, ovos e leite, pode causar deficiências nutricionais.”

4° Dieta do tipo sanguíneo (57.600 buscas)

Popularizada com os livros do médico Peter J. D’Adamo, entre eles “Eat Right 4 Your Type” (Coma Certo para seu Tipo, em tradução livre), sugere cardápios diferentes para cada tipo sanguíneo. As recomendações seriam baseadas em variações genéticas e de metabolismo.

O que dizem as nutricionistas

Livia: “Não há comprovação científica, por isso não podemos falar que realmente traz benefícios. Mesmo que tenham o mesmo tipo sanguíneo, os indivíduos são únicos –alguns toleram certos alimentos, outros, não. Hoje temos testes mais detalhados do que o tipo sanguíneo para avaliar intolerâncias alimentares.”

Thayana: “Não tem pé nem cabeça. Se tudo se resumisse ao tipo sanguíneo o nutricionista só precisaria desenvolver quatro tipos de cardápio e todos os problemas nutricionais da humanidade seriam solucionados. Montar uma dieta baseada no código genético é ainda um desafio. A nutrigenética é uma área altamente complexa.”

5° Dieta de papinha (12.220 buscas)

Nesse regime, a pessoa substitui duas das suas refeições diárias por porções de papinha de bebê industrializada. Adeptos chegam a comer dez potinhos de papinha por dia, que podem ter de 70 a 150 calorias, dependendo dos ingredientes. Além de ter poucas calorias, a papinha é facilmente digerida e prática.

O que dizem as nutricionistas

Livia: “Dieta muito monótona. Não estimula a mastigação, o que pode dar menos saciedade e a pessoa ficar com fome o dia todo.”

Thayana: “O adulto que vive à base de dieta de papinha deveria ter sua maturidade questionada. Acredito que uma psicoterapia neste caso seria mais útil para quem esteja pensando em regredir no seu comportamento alimentar.”

6° Dieta do vinagre (10.210 buscas)

Três colheres de sopa de vinagre por dia ajudaria a emagrecer até cinco quilos por mês. A tese surgiu a partir de um estudo de 2010 da Universidade Estadual do Arizona, com cerca de 40 pessoas. O trabalho descobriu que o tempero pode ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue.

O que dizem as nutricionistas

Livia: “Nunca um alimento irá gerar um processo de emagrecimento. O emagrecimento é complexo: envolve dieta, atividade física, ajuste hormonal, sono adequado, tantas e tantas coisas que fica difícil jogar a responsabilidade em um alimento. O vinagre pode ter alguns benefícios, como melhora no processo digestivo, mas não adianta tomar vinagre e ter uma dieta inadequada.”

Thayana: “Se a pessoa já tem um estilo de vida saudável e sua dieta já está balanceada, então o vinagre pode ajudar se for consumido antes das refeições em quantidades pequenas, porque ele melhora a digestão, diminui o colesterol ruim e reduz o apetite. Também é possível suplementar com cápsulas de vinagre de maçã mediante prescrição nutricional. Esse é um recurso que pode ser utilizado por um determinado período de tempo e somente após avaliação gastrointestinal.”

7° Dieta da lancheira (10.090 buscas)

Também chamada de dieta da marmita, não é exatamente um regime, porque não tem um cardápio fixo. É a mais livre e pode ser a mais saudável, dependendo do que a pessoa coloca na lancheira, mas é a que exige mais planejamento.

O que dizem as nutricionistas

Livia: “Pode ser muito bacana, porque você leva tudo o que come de casa. Colocando na lancheira alimentos naturais e saudáveis é uma excelente forma de manter uma ótima alimentação.”

Thayana: “Excelente opção para quem deseja ter uma boa rotina alimentar, mas não exclui a necessidade de acompanhamento nutricional, porque o lanche deve ser algo equilibrado.  Se a pessoa colocar na lancheira o que tiver na geladeira, sem planejamento, todo o processo de reeducação alimentar vai por água abaixo e a lancheira torna-se inútil.”

8° Dieta das 600 calorias (8.070 buscas)

Existem alguns regimes que pregam a ingestão de até 600 calorias, todos eles são considerados radicais, porque a ingestão média diária de um adulto fica entre 1.800 e 2.500 calorias. Uma das dietas mais famosas é o jejum intermitente, que sugere o consumo de 500 ou 600 calorias dois dias por semana –nos outros cinco dias a pessoa comeria normalmente. Também há dietas que imitam um spa em casa, com muita salada, alguma proteína, gelatina diet, refrigerante zero e praticamente nenhum carboidrato.

O que dizem as nutricionistas

Livia: “Não podemos dizer que vale para todos, porque cada pessoa necessita de uma ingestão calórica especifica, dependendo da idade, peso, altura e nível de atividade física.”

Thayana: “É a pior maneira de tentar emagrecer. Não supre as necessidades nutricionais e energéticas do corpo. Quem faz provavelmente passará fome e, quando voltar à alimentação habitual, corre o risco de acabar engordando tudo ou até mais do que emagreceu.”

9° Dieta do suco de limão com pimenta (7.520 buscas)

Também chamada de dieta da Beyoncé, porque teria feito a cantora americana perder nove quilos. Há versões radicais, que sugerem tomar apenas o suco de limão com pimenta o dia todo, e versões mais leves, que indicam tomar o suco todos os dias pela manhã para desintoxicar o organismo e aumentar o metabolismo.

O que dizem as nutricionistas

Livia: “A pimenta é termogênica (acelera o metabolismo), e o limão ajuda na digestão e tem vitaminas, mas não podemos associar emagrecimento a alimentos específicos.”

Thayana: “O problema não está no limão nem na pimenta, e sim nas restrições impostas com esse tipo de dieta. Ambos podem ser utilizados como complemento de uma dieta já equilibrada. O erro está em fazer jejum prolongado e só consumir suco de limão com pimenta. Essa prática traz riscos à saúde não deve ser estimulada.”

10° Dieta do ovo cozido (6.030 buscas)

Inclui na alimentação de dois a quatro ovos por dia, divididos entre as refeições. Os ovos aumentam a ingestão de proteínas e ajudam a dar saciedade. O cardápio também restringe a ingestão de carboidratos.

O que dizem as nutricionistas

Livia: “É o mesmo caso do vinagre: não dá para associar o processo de perda de peso a uma comida apenas. O ovo é excelente, uma ótima fonte proteica, traz saciedade, mas há pessoas com alergia a ovos, por exemplo, que não poderiam seguir o cardápio.”

Thayana: “Assim como a dieta Dukan, pode promover emagrecimento rápido, porém é impossível de ser seguida a longo prazo. Não promove reeducação alimentar, apenas impõe restrições que podem acabar em transtornos alimentares.”

 

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Ela decidiu virar coach depois de perceber que seus pacientes quase sempre voltavam a engordar. “Eu fazia com que eles perdessem mais de dez quilos por mês, mas não conseguiam manter. Então fui estudar neurociência e entendi que o cérebro vem antes do corpo”, disse ela.

Em junho, lançou o livro “O Código Secreto do Emagrecimento” (Editora Gente, 176 págs., R$ 29,90), em que conta parte do método que usa com seus pacientes e ensina em cursos para outros profissionais.

*

Qual é o erro mais comum das pessoas que tentam emagrecer? Acreditar que precisamos tratar só o corpo para perder peso. O médico receita o medicamento, a nutricionista dá a melhor dieta, a pessoa entra na academia e mesmo assim não consegue emagrecer. Isso porque enquanto o corpo está tentando emagrecer sua mente está lutando contra. É a mesma coisa que querer apagar o fogo com gasolina.

A raiz da obesidade está na cabeça, no cérebro de sobrevivência, que faz com que a gente queira comer por prevenção, para fugir da escassez. Faz parte do inconsciente, e só conseguiremos emagrecer se o consciente dominar o inconsciente.

A nutricionista e coach de emagrecimento Gladia Bernardi (Divulgação)

 

É mais importante então treinar o cérebro do que adotar uma dieta específica? Sim. O autocontrole é a raiz de tudo. O cérebro come antes da boca. Antes de comer, você já planejou, sentiu, salivou. O cérebro de sobrevivência quer que a gente coma o tempo todo para se prevenir da escassez. Já o cérebro emocional quer que a gente coma para fugir de algo ou preencher um vazio. É preciso trabalhar para dominar esse inconsciente e ter controle sobre os alimentos. Precisamos criar uma blindagem emocional, para que a pessoa seja capaz de dizer não quando lhe oferecem um doce.

As pessoas sempre vão oferecer comida, você vai ir num jantar ou festa, vai continuar em sociedade. É impossível dominar as variáveis externas. Você só vai emagrecer se tiver um controle interno sobre o meio externo. O meio não vai mudar, não tem como tirar tudo da sua frente, você que precisa mudar.

Por que é tão difícil resistir a tentações? Nosso cérebro inconsciente sempre opta pela economia de esforço. Procuramos o caminho mais fácil em tudo –a indústria sabe disso e facilita nossa vida com alimentos prontos. Para mudar, temos que procurar o caminho mais difícil.

O hábito é como se fosse uma estrada de terra. Quanto mais você passa por ela, mais funda e mais larga ela fica. Para criar um novo hábito você precisa formar uma nova estrada, achar um novo caminho, ainda cheio de obstáculos. E isso tem que ter uma primeira vez. É aí que o coach entra, ensinando a pessoa a construir novas estradas neurológicas com prática e repetição. Com o tempo, o cérebro acaba se esquecendo do caminho antigo e optando pelo novo.

Emagrecer é destruir hábitos que estão arraigados, muitas vezes desde criança.

Como sair do piloto automático? Muitas vezes não pensamos antes de comer, somos movidos pelo impulso. O cérebro racional não domina o emocional. É preciso se questionar. Uma ferramenta que uso no coaching de emagrecimento chama ciclo da recompensa. É um exercício em que convido a pessoa a pensar quais serão as recompensas a curto, médio e longo prazo das suas escolhas.

Quanto tempo ela leva para comer um brigadeiro? Como ela vai se sentir depois? Muitas vezes ela diz que vai ficar culpada. E daqui alguns meses, quando for à praia, como ela vai se sentir? E daqui dez anos? Por outro lado, se ela não comer o brigadeiro, qual recompensa vai ter? E daqui alguns meses? Qual dessas duas vidas ela quer levar?

A pessoa deve pensar nisso sempre. Para não se esquecer, ela pode colocar recados no computador, fazer marcas na mão. Isso é uma das ferramentas usadas para controlar o impulso, existem muitas outras.

Você fala no livro sobre 23 sabotadores do emagrecimento. Quais são os principais? Perdas na infância, perdas profissionais, falta de afeto familiar. Cada sabotador tem um pensamento, um sentimento, uma mentira. A pessoa pode comer muito porque quer, no fundo, fugir do sexo, ou então porque associou comida a afeto na infância. Os sabotadores são como fantasmas, ficam escondidos e muitas vezes não são combatidos. Precisamos trazê-los à luz da consciência para combater a raiz do problema.

As pessoas se fazem diariamente a pergunta: por que não consigo emagrecer? Essa foi a pergunta que mais ouvi durante minha vida profissional. A resposta está no inconsciente. Sem saber disso, a pessoa não vai conseguir emagrecer.

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Gladia Bernardi, 42

Formada em nutrição, atua como coach de emagrecimento há 3 anos. Autora do livro “O Código Secreto do Emagrecimento”  (Editora Gente, 176 págs., R$ 16,90)

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Combinado de sushi tem mais carboidrato que quatro fatias de pão de forma https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2017/03/02/combinado-de-sushi-tem-mais-carboidrato-que-quatro-fatias-de-pao-de-forma/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2017/03/02/combinado-de-sushi-tem-mais-carboidrato-que-quatro-fatias-de-pao-de-forma/#respond Thu, 02 Mar 2017 12:35:39 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Combinado_Nami_-180x108.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=609 Quer comer algo mais leve para compensar os exageros do Carnaval? Comida japonesa pode não ser uma boa opção. Principalmente se a escolha for um combinado clássico, com vários tipos de sushi.

Um prato desses tem mais de 50 gramas de carboidrato –a mesma coisa que quatro fatias de pão de forma ou quase 200 gramas de macarrão com molho bolonhesa (mais ou menos dois pratos).

O arroz do sushi, que leva açúcar no preparo, é o grande culpado pelo alto teor de carboidrato.

“No Combinado Nami usamos, em média, 5,7 g de açúcar refinado, o equivalente a um sachê”, afirma Verônica Leite, técnica de nutrição da rede Temakeria e Cia. Veja a tabela nutricional do prato, com 14 sushis e dez sashimis (foto acima).

Tabela nutricional do Combinado Nami (foto acima), da Temakeria e Cia

O uso de açúcar –e o teor de carboidratos– não é exclusividade da rede. Um combinado com nove sushis e três sashimis no Gendai tem 51 gramas de carboidrato.

Combinado Gendai, da rede de comida japonesa homônima, com 378 kcal e 51 gramas de carboidrato (Divulgação)

“Para quem está de dieta, o mais recomendado seria consumir os sashimis ou até mesmo os niguiris, que não têm tanto arroz quanto os sushis. Quem tem diabetes precisa tomar muito cuidado, porque, além de ter açúcar no tempero, o próprio arroz se transforma em açúcar ao ser metabolizado pelo organismo”, diz a nutricionista da rede Gendai Agnes Akina.

BOMBA DE CARBOIDRATO

“É uma paulada, uma bombinha de carboidrato. É uma carga glicêmica muito alta para uma refeição”, afirma a nutricionista funcional Daniela Jobst.

Segundo ela, comida japonesa é saudável, mas é preciso saber fazer escolhas. “Abuse do sashimi, coma missô e cogumelos, mas evite sushi, tempurá e outras frituras”, diz.

Além de fugir das preparações com arroz, a nutricionista Luiza Ferracini, do Dietbox, lembra que sushis com cream cheese e hot rolls são mais calóricos.

“As peças podem ter de 20 kcal até 100 kcal. Um niguiri de salmão, por exemplo, tem 50 kcal e 6 g de carboidratos. Já o sashimi de salmão (que não tem arroz) possui cerca de 20 kcal e uma quantidade mínima de carboidratos. Além disso, tem 3 gramas de proteína por peça”, diz.

E O SÓDIO?

Os pratos que levam molho de soja –ou são banhados no shoyo– também são ricos em sódio.

Uma colher de sopa de shoyo tem, em média, 800 mg de sódio; a versão light tem cerca de 500 mg. Lembrando que uma pessoa adulta deve consumir menos de 2.000 mg de sódio por dia (ou 5 g de sal de cozinha), segundo a Organização Mundial da Saúde.

“O consumo excessivo pode causar hipertensão e problemas cardíacos. Mesmo o shoyu light ainda tem muito sódio”, diz Ferrarini.

Jobst sugere diluir o molho com limão espremido e acrescentar gengibre. “Tem que consumir com moderação.”

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As cinco piores dietas de celebridades para não fazer em 2017 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/12/12/as-cinco-piores-dietas-de-celebridades-para-nao-fazer-em-2017/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/12/12/as-cinco-piores-dietas-de-celebridades-para-nao-fazer-em-2017/#respond Mon, 12 Dec 2016 16:09:55 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=550 Quem quiser emagrecer em 2017, além de tirar do papel a promessa de fazer exercício físico, deve evitar cinco dietas de celebridades, entre elas a detox e a do suco verde.

A recomendação é da associação de nutricionistas britânicos (BDA), que divulgou uma lista de regimes feitos por atrizes de Hollywood, como Jessica Alba e Gwyneth Paltrow, que não merecem ser copiados.

“Com o Réveillon se aproximando, o aumento da quantidade de blogs sobre perda de peso, posts de mídia social, livros de dieta e DVDs de ginástica com celebridades é inevitável. É preciso questionar se alguém não está lucrando com seus sonhos e se, em vez de perder peso, você só vai perder dinheiro”, diz o texto de divulgação da lista.

O órgão afirma receber centenas de ligações sobre uma enorme variedade de dietas, muitas delas estranhas. Com base nisso, a entidade escolheu cinco regimes que não valem a pena. Veja abaixo:

 

1. DIETA DETOX

O que é: Proíbe o consumo de alimentos processados e recomenda somente a ingestão de comidas “limpas”, sem açúcar refinado, com vegetais in natura e preparações caseiras. Algumas versões da dieta restringem ainda a ingestão de glúten, laticínios e proteína animal.

Quem faz: A modelo australiana Miranda Kerr e a atriz americana Jessica Alba.

Opinião da entidade: “Deixe a limpeza para a sua cozinha. Embora seja benéfico reduzir o açúcar refinado e limitar a ingestão de comidas processadas, a ideia de que existem alimentos ‘limpos’ e ‘sujos’ é preocupante”.

De acordo com o órgão, esse modo de pensar pode levar à ortorexia –um transtorno psiquiátrico em que a pessoa tem obsessão por comidas saudáveis.

Além disso, muitos alimentos são proibidos sem nenhum embasamento científico. “A menos que você tenha intolerância ou alergia a glúten ou lactose, não há necessidade de eliminar cereais integrais e laticínios do cardápio. Eles podem fazer falta na dieta”, diz a entidade.

 

2. PÍLULAS EMAGRECEDORAS

O que é: Tomar pílulas ou suplementos fitoterápicos que supostamente dificultam a absorção de gordura, diminuem o apetite ou aumentam o metabolismo.

Quem faz: A socialite americana Kim Kardashian já teria usado pílulas de cafeína para perder peso.

Opinião da entidade: “Perigo! Pílulas emagrecedoras nunca devem ser tomadas sem a indicação de um especialista. Até mesmo remédios regulamentados para a perda de peso têm efeitos colaterais”.

De acordo com a entidade, houve um aumento no número de pílulas vendidas on-line. A maioria desses produtos não tem registro em órgãos de vigilância sanitária e é composta por substâncias que nem sempre são aprovadas para consumo humano.

 

3. CHÁ DETOX

O que é: Conhecida pela expressão “teatoxing” (junção de chá e detox, em inglês), a dieta prevê o uso de chás compostos que prometem reduzir o inchaço, melhorar a pele e ajudar na perda de peso.

Quem faz: A cantora Nicki Minaj e a socialite Kylie Jenner postam fotos em redes sociais tomando esses chás.

Opinião da entidade: “Esses chás emagrecedores geralmente contêm cafeína extra na forma de guaraná ou erva-mate, além de ingredientes diuréticos e laxantes. Não é seguro tomá-los por mais de uma semana sem a supervisão de um especialista”.

Mesmo que os números diminuam na balança, a perda de peso pode significar perda de água, não de gordura. Também há risco de efeitos colaterais como diarréia, desidratação e desequilíbrio eletrolítico.

 

4. A DIETA 6:1

O que é: O regime envolve comer normalmente por seis dias e jejuar um dia por semana. Algumas pessoas ingerem poucas calorias durante o jejum, outras não comem absolutamente nada por 24 horas.

Quem faz: O vocalista da banda britânica Coldplay, Chris Martin, diz que o regime o tornou mais criativo.

Opinião da entidade: “Não há evidência de que uma dieta como essa faria você mais criativo, e, dependendo da sua idade, saúde e estilo de vida, o jejum pode ser perigoso”.

Segundo a entidade, ficar sem comer durante um dia inteiro pode resultar em cansaço, mau humor e dificuldade de concentração.

 

5. SUCOS VERDES

O que é: Tomar sucos ou smoothies compostos de frutas, legumes e suplementos. O pacote de benefícios incluiria desde perda de peso até desintoxicação do organismo e rejuvenescimento.

Quem faz: A modelo britânica Rosie Huntington-Whiteley e as atrizes americanas Blake Lively e Gwyneth Paltrow.

Opinião da entidade: “Menos suco! O corpo é perfeitamente capaz de se desintoxicar sem o auxílio desses líquidos verdes”.

De acordo com os especialistas, adicionar suco verde na dieta não vai compensar escolhas alimentares ruins. Muitas receitas incluem ingredientes calóricos –óleo de coco e abacate, por exemplo– e chegam a ter 400 kcal por copo. Quem toma o suco no café da manhã junto com outros alimentos pode ganhar peso em vez de perder.

“O suco verde não é uma solução mágica. Continue comendo vegetais frescos e limite a ingestão de sucos para 150 ml diários.”

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Comer de três em três horas é mito e contraria o ritmo do organismo, defende médica https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/09/23/comer-de-tres-em-tres-horas-e-mito-e-contraria-o-ritmo-do-organismo-defende-medica/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/09/23/comer-de-tres-em-tres-horas-e-mito-e-contraria-o-ritmo-do-organismo-defende-medica/#respond Fri, 23 Sep 2016 14:37:42 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2016/09/lancheira-180x124.jpeg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=520 “Mostre-me um artigo científico sério provando que comer de três em três horas é bom para o organismo. Não tem nenhum”, afirma a médica Daniela Kanno, especialista em alimentação funcional e medicina da família.

Ela coordena o spa Rituaali, em Penedo (a 178 km do Rio de Janeiro), que se define como um centro para a mudança do estilo de vida. Um dos princípios do lugar é a alimentação de seis em seis horas –café, almoço e jantar, sem refresco nos intervalos.

“A máxima de comer a cada três horas se perpetuou como uma regra, mas ninguém sabe de onde veio e hoje está sendo questionada. Em dois anos isso vai cair”, diz.

De acordo com ela, que atualmente cursa especialização na Abran (Associação Brasileira de Nutrologia), a orientação contraria o ritmo do organismo.

“Não é fisiológico. Dependendo da comida, demora mais de três horas para ser digerida. Quando nos alimentamos de novo antes de terminar a digestão anterior, o processo para e o alimento pode fermentar. Além disso, as glândulas salivares demoram quatro, cinco horas para encher depois de uma refeição”, explica.

Segundo Kanno, pesquisas já mostram que diabéticos que comem menos refeições têm níveis de mais baixos de glicose, e há uma associação entre IMC (índice de massa corporal) mais baixo e pessoas que comem menos vezes ao dia.

“É claro que há exceções, como quem fez cirurgia bariátrica e precisa se alimentar de pouco em pouco, mas a maioria das pessoas fica bem com três refeições ao dia, sendo o café da manhã a maior delas”, afirma.

Ela rebate os dois argumentos principais usados para defender a regra. Primeiro, o de que comer de três em três horas “acelera” o metabolismo.

“O que faz diferença no metabolismo é o exercício. Subir escadas, varrer a casa. O movimento do estômago para fazer a digestão não significa praticamente nada. O problema é que a gente passa o dia sentado e não faz mais nenhum esforço.”

Outro argumento comum é que os lanchinhos ajudariam a segurar a fome até a refeição principal. Para Kanno, o problema é que as pessoas estão comendo mal no café, no almoço e no jantar.

“Nas dietas de três em três horas o dia começa com pão e requeijão light e café com adoçante. Você vai conseguir ficar bem até o almoço só com isso? Claro que não.”

Um café da manhã no spa coordenado pela médica inclui um prato de frutas, pão ou tapioca, pastas ou geleias e castanhas.

OUTRAS OPINIÕES

Para Paulo Olzon Monteiro da Silva, clínico da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a orientação de fazer lanches surgiu como uma solução para tratar pacientes com obesidade, mas, com o tempo, não se mostrou eficaz.

“Estão surgindo estudos sobre os benefícios do jejum, mas sobre benefícios de comer nos intervalos das refeições não. Virou um chavão, mas não faz sentido”, afirma.

A endocrinologista Cintia Cercato, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, diz que pesquisas já estão começando a mostrar que quem come menos vezes acaba ingerindo menos calorias.

“Provavelmente isso acontece porque é mais fácil perder o controle das quantidades comendo mais vezes ao dia. Além disso, muita gente só acrescenta o lanche e não reduz as outras refeições. No fim do dia, ingere mais calorias. Parece óbvio, mas muitos não pensam nisso.”

Ela conta que já ouviu pacientes dizendo que não se alimentam bem porque não comem de três em três horas. “Isso foi tão repetido que as pessoas acham que é o certo. Tem gente que realmente tem o hábito de fazer lanches, mas quem não tem não precisa criar. O corpo não vai ficar sem energia.”

A nutricionista Renata Bressan, do Departamento de Nutrição da Abeso (associação de estudo da obesidade), defende que o importante é comer quando está fome.

“Devemos prestar atenção aos sinais de fome e saciedade. Não comer por comer (no automático) ou porque foi recomendado e não ficar sem comer e com muita fome. Isso sim é antifisiológico: comer sem estar com fome ou ter que ficar esperando a próxima refeição faminto”, afirma.

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