A Chata das Dietas https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br Os regimes da moda na balança Thu, 02 Jul 2020 13:55:49 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Hambúrguer à base de plantas imita o de carne até na quantidade de gordura https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2019/10/17/hamburguer-a-base-de-plantas-imita-o-de-carne-ate-na-quantidade-de-gordura/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2019/10/17/hamburguer-a-base-de-plantas-imita-o-de-carne-ate-na-quantidade-de-gordura/#respond Thu, 17 Oct 2019 15:31:49 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/10/rebelva-320x213.jpg https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=957 Novos hambúrgueres veganos que imitam carne podem ter mais gordura e calorias do que os de proteína animal.

O Incrível Burger, da Seara, por exemplo, feito à base de soja, tem 217 kcal em 80 gramas. Já o de carne bovina tradicional da mesma marca tem 188 kcal na mesma porção, e o de frango, 153 kcal.

O hambúrguer vegetal também empata com o de carne na quantidade de gordura: ambos têm 15 g de gordura total. O de frango tem menos, 10 g (sempre em 80 gramas de produto).

“Para garantir sabor e textura, esses hambúrgueres que imitam carne tem bem mais gordura do que os vegetarianos tradicionais [de cogumelo ou grão-de-bico, por exemplo] e quantidade similar de gordura que os de origem animal”, diz a nutricionista clínica e esportiva Jéssica Borrelli.

A onda dos hambúrgueres de carne vegetal chegou de vez ao Brasil neste ano.

Nos últimos meses, o Futuro Burger, produzido pela startup Fazenda do Futuro, passou a ser vendido em supermercados e entrou para o cardápio da Lanchonete da Cidade, em São Paulo.

Quase ao mesmo tempo, a Seara lançou seu Incrível Burger, e, em setembro, o Burger King lançou um lanche com hambúrguer de plantas produzido pela Marfrig.

O Rebel Whopper já está à venda em lojas do Burger King em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Os fabricantes mantêm segredo sobre a lista de ingredientes e a tabela nutricional do produto. Dizem apenas que é à base de plantas, “uma receita exclusiva, proprietária e desenvolvida em parceria com a Marfrig”.

O único ingrediente divulgado é a soja, por ser um alergênico.

“Não abrir a lista de ingredientes para o consumidor é um problema. Ele tem o direito de poder selecionar o produto conforme sua qualidade nutricional e saber se tem gordura vegetal hidrogenada e aditivos alimentares”, diz Jéssica.

A tabela nutricional do sanduíche inteiro é divulgada. O lanche tem 540 kcal, 23 g de gordura total e 11 g de gordura saturada. O sanduíche de carne da rede, que, tirando a proteína animal leva quase os mesmos ingredientes do Rebel Whopper, tem 680 kcal e 35 g de gordura total (19 g saturada).

O novo sanduíche não é vegano: leva tomate, alface, maionese, queijo, ketchup, picles e cebola em um pão de gergelim.

A assessoria da marca informa que, caso o consumidor seja vegano, pode pedir para retirar a maionese e o queijo. Segundo o site da rede, o produto tem, além de soja e derivados, “derivados de ovo, leite, trigo, centeio, cevada e aveia”. Também “pode conter leite, ovo e derivados de peixes e crustáceos” e contém glúten e aromatizante.

No Incrível Burger da Seara há aromatizantes que dão o sabor de carne e aditivos alimentares como corante caramelo 4, o mesmo usado em refrigerantes à base de cola.

“Não é um produto clean label [sem aditivos químicos]. O excesso no consumo de aditivos levam ao desequilíbrio da microbiota intestinal e pode trazer outros prejuízos para a saúde”, diz a nutricionista Jéssica.

A Fazenda do Futuro faz questão de anunciar que o Futuro Burger é clean label, sem aditivos sintéticos, artificiais ou transgênicos. A proteína do produto vem de um preparado à base de soja, ervilha e grão-de-bico.

No último mês, a marca anunciou uma versão 2.0 do hambúrguer, com 13% menos gordura total: de 13 g foi para 11 g em 80 g de produto. As calorias também diminuíram: de 197 kcal para 175 kcal por porção (pouco mais de meio hambúrguer).

Isso quer dizer que um hambúrguer inteiro tem 250 kcal e 15 g de gordura. Para se ter uma ideia, um pedaço de pizza de mussarela também tem cerca de 250 kcal e 13 g de gordura.

“Dependendo da necessidade metabólica da pessoa, isso pode ser muito, por exemplo, para alguém que está em processo de emagrecimento e precisa reduzir a quantidade de gordura ingerida”, diz a nutricionista clínica e esportiva Vivian Ragasso.

“Acredito ser muito difícil a industria criar algo tão parecido com a consistência da carne animal usando pouca gordura. Esse produto veio para atingir o público que come carne e gostaria de diminuir o consumo”, continua.

Segundo Vivian, reduzir a ingestão de proteína animal é uma tendência, porque traz benefícios para a saúde e para o ambiente.

Já Jéssica não indica o consumo diário dessas carnes vegetais. “Mas não vejo problema algum no consumo de vez em quando”, afirma.

“Acredito que hambúrgueres vegetarianos à base de grão de bico, lentilha ou outras leguminosas sejam alternativas mais interessantes para serem consumidas regularmente pelos vegetarianos”, completa.

O QUE DIZEM OS FABRICANTES

A nutricionista Alessandra Luglio, consultora da Fazenda Futuro, recomenda que o produto seja consumido com moderação.

“No Brasil, tradicionalmente hambúrgueres são ingeridos em momentos de lazer. Mas, mesmo sendo uma fonte de gordura saturada, o Futuro Burger é um alimento mais nutritivo, menos gorduroso e livre de colesterol se comparado com alguns cortes de carnes consumidos no dia a dia”, diz.

De acordo com ela, a gordura usada no produto é de palmiste, óleo vegetal extraído do coco de uma palmeira.

“É possível que ocorram reduções na quantidade de gordura do hambúrguer na medida em que estamos trabalhando na evolução do produto. Por outro lado, reforçamos que o nosso principal foco é a similaridade com os produtos à base de carne e trabalharemos até o limite inferior sem que tal similaridade seja afetada”, diz a nutricionista.

A Seara informa que a gordura utilizada no Incrível Burger é vegetal e que a tabela nutricional de seus produtos está de acordo com a legislação, “para que o consumidor adéque o consumo de cada alimento à sua rotina alimentar”, diz nota do fabricante.

Segundo a Seara, o corante caramelo 4 é usado para dar ao produto uma cor semelhante à do hambúrguer de carne tradicional. A marca diz que o Incrível Burger não é anunciado como clean label.

Já o Burger King afirma que o Rebel Whopper é livre de conservantes e aditivos químicos. “O corante é 100% natural, e, com relação aos alergênicos, todos eles estão listados na tabela nutricional”, diz Ariel Grunkraut, diretor de marketing e vendas do Burger King Brasil.

O porta-voz afirma ainda que o sanduíche não tem uma quantidade significativa de gordura trans.

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Veja quais produtos dizem ter ‘zero gordura trans’, mas contêm o ingrediente https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2019/06/24/veja-quais-produtos-dizem-ter-zero-gordura-trans-mas-contem-o-ingrediente/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2019/06/24/veja-quais-produtos-dizem-ter-zero-gordura-trans-mas-contem-o-ingrediente/#respond Mon, 24 Jun 2019 17:13:57 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/06/776ad2492f92ce6efec915f9843a6fea1bd843b018da0044286b388c98eb01d2_5add138991c99-320x213.jpg https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=910 Salgadinhos, pães de forma e biscoitos industrializados que dizem ter zero gordura trans na verdade podem conter a substância.

É o que mostra um estudo realizado pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) em parceria com o Nupens (núcleo de pesquisa em nutrição), da Universidade de São Paulo.

O trabalho analisou a embalagem de 11 mil produtos encontrados em lojas das cinco maiores redes de supermercados do país. Do total, 18,7% contêm ou podem conter gordura trans –e apenas 7,4% informam a presença da substância no rótulo.

As normas brasileiras permitem que alimentos com até 0,1 grama desse tipo de gordura por porção sejam vendidos como livres de gordura trans. Na tabela nutricional, até 0,2 grama da substância por porção não precisa ser declarado.

“A legislação dá essa margem, que pode confundir o consumidor. Ele acha que está comprando uma coisa, e na verdade está levando outra”, diz Laís Amaral, nutricionista do Idec e pesquisadora em alimentos.

O único jeito de ter certeza se um produto é realmente “zero trans” é checando a lista de ingredientes. Foi isso que os pesquisadores fizeram: compararam as alegações do rótulo com os ingredientes.

A gordura trans pode aparecer no rótulo com diferentes nomes, entre eles:

  • Gordura vegetal hidrogenada;
  • Gordura parcialmente hidrogenada;
  • Óleo vegetal hidrogenado;
  • Apenas o termo hidrogenado.

Se o produto tiver um desses termos na lista, o alimento certamente tem gordura trans. Se na lista constar os termos margarina, gordura vegetal ou creme vegetal, o produto pode ter gordura trans, mas não é certeza.

O estudo também dividiu os alimentos em categorias e chegou num ranking com os itens vendidos como “zero trans” que mais têm a substância. Aí vai:

  • Salgadinhos – 11,5% deles têm a substância;
  • Produtos de panificação (como pães de forma e torradas) – 9,2%;
  • Biscoitos – 8,4%;
  • Doces e sobremesas – 6,1%;
  • Comidas de conveniência (comidas prontas ou pré-prontas, como macarrão instantâneo, e os congelados) – 3,1%;
  • Molhos e temperos – 2,2% têm gordura trans.

A gordura trans é usada pela indústria para aumentar o prazo de validade dos produtos e dar textura e crocância aos alimentos. Seu consumo pode reduzir os níveis de colesterol do tipo HDL (considerado bom), aumentar o LDL (tido como ruim) e elevar os riscos de doenças cardiovasculares.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que o consumo diário de gordura trans não ultrapasse 1% do total de calorias –em uma dieta de 2.000 calorias, o ideal seria consumir no máximo 2 gramas de gordura trans (ou uma colher de sobremesa de margarina).

“Os rótulos no Brasil consideram o valor por porção. O problema é que nem sempre comemos só a quantidade da porção. Se somarmos a gordura do dia inteiro e de várias porções, provavelmente vamos comer mais do que deveríamos”, afirma Laís.

Desde o ano passado, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estuda mudar as normas para a presença de gordura trans.

“Se o ingrediente não for banido ou muito restrito, defendemos que as pessoas pelo menos saibam o que estão comprando”, diz Laís.

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Bolacha água e sal tem até quatro vezes mais gordura saturada que pão francês https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2018/05/07/bolacha-agua-e-sal-tem-ate-quatro-vezes-mais-gordura-saturada-que-pao-frances/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2018/05/07/bolacha-agua-e-sal-tem-ate-quatro-vezes-mais-gordura-saturada-que-pao-frances/#respond Mon, 07 May 2018 14:14:24 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/cracker-2-1322041-640x480-320x213.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=714 Uma porção de 30 gramas de bolacha água e sal (de quatro a sete biscoitos, dependendo da marca) chega a ter a mesma quantidade de gordura saturada de quatro pães franceses.

“É o segundo item da lista de ingredientes na maioria desses produtos, o primeiro é a farinha. Isso quer dizer que, depois da farinha, o que mais tem na bolacha é gordura”, explica Clarissa Fujiwara, nutricionista do departamento de nutrição da Abeso (sociedade de estudo da obesidade).

O biscoito água e sal Levíssimo da Bauducco, por exemplo, tem 2 gramas de gordura saturada em uma porção de sete unidades (30g). Um pão francês, que em média pesa 50 gramas, tem 0,5 g de gordura saturada, segundo a Taco (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos).

Tabela nutricional do biscoito água e sal da Bauducco (Crédito: Reprodução)

“É um valor alto se considerarmos que muita gente consome esses biscoitos com café no trabalho e come mais de uma porção por dia. A ingestão de gordura em excesso altera os níveis de colesterol. É melhor comer pão de forma integral”, diz Clarissa.

Para Marcela Tardiolli, consultora em nutrição da Abimapi (associação das indústrias de biscoitos, massas, pães e bolos industrializados), o valor é alto, mas é preciso deixar de analisar nutrientes de forma isolada.

“Se você tem habitos alimentares saudáveis, faz atividade física, não é o biscoito que vai fazer mal. O que faz mal é classificar alimentos em bons e ruins. Temos que olhar o produto como um todo, não o nutriente isolado”, disse.

Segundo ela, a indústria sempre busca a melhoria dos produtos e a redução de gorduras sem deixar de lado a crocância e o sabor.

DIFERENÇAS ENTRE MARCAS

Os valores de cada nutriente diferem de uma marca para outra –assim como o tamanho da porção recomendada pelo fabricante. Cada unidade de bolacha água e sal ou cream cracker da Triunfo, por exemplo, tem 0,32 g de gordura (cerca de 1,9 g em seis biscoitos).

Tabela nutricional do biscoito água e sal da Triunfo (Crédito: Reprodução)

Já a bolacha água e sal da Piraquê tem 1,4 g, mas a versão cream cracker do biscoito, 1,7g. “Nem sempre o cream cracker tem mais gordura, não existe uma padronização, depende do fabricante”, diz Clarissa.

Tabela nutricional dos biscoitos cream cracker e água e sal da Piraquê (Crédito: Reprodução)

 

Segundo a nutricionista, a variação deixa clara a importância de ler rótulos de diferentes marcas antes de comprar. “Se tiver escrito gordura hidrogenada, não compre. Alguns produtos também levam açúcar na composição. Quem precisa controlar a ingestão da substância deve optar por uma marca que não tem.”

Fora isso, a orientação dela é não repetir porções. “Torradas e biscoitos acabam monopolizando os lanches porque são convenientes. É preciso incluir frutas e outros alimentos nos intervalos das refeições”, afirma.

O QUE DIZEM OS FABRICANTES

Em nota, a Bauducco informou que conta com uma equipe de pesquisa e desenvolvimento e a consultoria de nutricionistas para “garantir que a receita dos produtos atuais e dos novos sejam saborosos e de qualidade”.

“A marca acredita que o hábito alimentar ideal inclui o consumo consciente e uma dieta equilibrada. A empresa reforça que está sempre atenta e segue as regras da legislação”, diz o texto.

Para Paula Alberigi, gerente de produto e qualidade da Piraquê, trocar biscoitos por pães pode ser uma má ideia. “Normalmente as pessoas não consomem pães sem recheios, diferentemente do cracker, que normalmente é consumido puro”, afirma.

Ela lembra que a marca tem versões light (com 25% menos em gordura) e integral, “trazendo os benefícios das fibras ao bom funcionamento do intestino e para a redução de absorção de gorduras”.

A Arcor do Brasil, responsável pela Triunfo, disse que seus produtos são elaborados de acordo com as normas e legislação vigentes no país e que os diferentes processos de fabricação e ingredientes utilizados impactam na quantidade de gordura do biscoito.

O fabricante afirma ainda que estabeleceu um “perfil nutricional que está direcionando a área de pesquisa e desenvolvimento com o objetivo justamente de reduzir o teor de gorduras saturadas –como por exemplo, a linha de biscoitos Cereal Mix existente no portfólio da empresa desde 2012”.

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Como analisar a lista de ingredientes de alimentos industrializados https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/08/29/como-analisar-a-lista-de-ingredientes-de-alimentos-industrializados/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/08/29/como-analisar-a-lista-de-ingredientes-de-alimentos-industrializados/#respond Mon, 29 Aug 2016 15:54:31 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=508 A lista de ingredientes de um produto industrializado é tão ou mais importante do que a tabela nutricional. Por exemplo: se a lista é longa, a chance de o alimento ter aromatizantes, corantes e conservantes é grande.

“Essas substâncias são usadas para aumentar o tempo que o produto pode ficar em exposição nas prateleiras e devem ser evitadas porque podem afetar a saúde negativamente de várias formas”, diz Giovana Morbi, nutricionista clínica e ortomolecular.

A nutricionista Ana Cláudia Duarte, mestre em endocrinologia pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), dá outra dica: “Evitar produtos cujos ingredientes contenham palavras que não parecem um alimento, como glutamato monossódico, benzoato de sódio, BHA, INS 120 e inosinato dissódico”.

Também devem ser evitados os alimentos com gordura vegetal ou gordura vegetal hidrogenada. “Por mais que na frente da embalagem esteja escrito que o alimento não tem gordura trans, ele pode ter sim”, complementa Duarte.

Por uma determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que regula a rotulagem de alimentos no Brasil, as embalagens sempre informam os ingredientes em ordem decrescente, começando pelos que estão em maior quantidade.

“É importante que o consumidor saiba disso e evite alimentos em que o açúcar refinado está entre os primeiros ingredientes”, afirma Morbi. Ela lembra que o açúcar pode aparecer com nomes diferentes na embalagem, como xarope de milho, maltodextrina, açúcar invertido, amido etc. (veja este outro post).

“Alguns produtos considerados saudáveis são cheios desse tipo de substância. Em muitos casos, é melhor optar pela versão tradicional de um alimento do que pela versão light”, diz.

MENOS NEM SEMPRE É MAIS

Nos Estados Unidos, alguns fabricantes estão reduzindo a quantidade de ingredientes de seus produtos –e destacando isso nas embalagens, como mostrou uma reportagem do “Wall Street Journal”.

Segundo o jornal, a fabricante dos chocolates Hershey’s, por exemplo, passou um ano e meio estudando como diminuir a lista de ingredientes de uma calda de chocolate. O resultado é o Simply 5, calda feita com cinco ingredientes: açúcar, xarope de cana invertido, água, cacau e aroma de baunilha. A fórmula anterior tinha 11. O número ganhou destaque no rótulo.

Calda de chocolate Hershey's feita com cinco ingredientes: açúcar, xarope de açúcar invertido, água, cacau e aroma natural de baunilha
Calda Hershey’s com cinco ingredientes: açúcar, xarope de cana invertido, água, cacau e aroma de baunilha (Foto: Business Wire)

Outra fabricante que está anunciando redução de ingredientes, segundo o jornal, é a Häagen-Dazs. O sorvete de baunilha da marca é feito com leite, creme de leite, açúcar, ovos e baunilha.

Para Duarte, ter uma lista pequena de ingredientes não significa necessariamente que o produto é saudável.

“Além da quantidade, a qualidade é importante. Um produto pode ter só três ingredientes –açúcar, gordura vegetal hidrogenada e farinha de trigo, por exemplo– e não ser considerado saudável porque fornece calorias vazias, com poucos nutrientes para o organismo”, afirma.

Ela lembra que o último Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado pelo Ministério da Saúde em 2014, reforça a importância de dar preferência ao consumo de alimentos in natura ou minimamente processados em vez de industrializados ultraprocessados.

 

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