A Chata das Dietas https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br Os regimes da moda na balança Thu, 02 Jul 2020 13:55:49 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Uso de celular durante refeições aumenta ingestão de calorias, mostra pesquisa https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2018/06/05/uso-de-celular-durante-refeicoes-aumenta-ingestao-de-calorias-mostra-pesquisa/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2018/06/05/uso-de-celular-durante-refeicoes-aumenta-ingestao-de-calorias-mostra-pesquisa/#respond Tue, 05 Jun 2018 15:23:04 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/Fotolia_158633361_S-320x213.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=739 Um estudo brasileiro ainda não publicado descobriu que o uso de celular durante as refeições aumenta em cerca de 20% a ingestão de calorias.

O trabalho, feito por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras, foi apresentado na própria instituição e submetido à avaliação de revistas científicas internacionais.

“Se você se distrai durante uma refeição, não cria memória do que já comeu. Isso pode interferir na quantidade que você ingere. É importante ter consciência de quanto estamos comendo para sabermos quando devemos parar”, diz Luciano José Pereira, professor associado do Departamento de Ciências da Saúde da Ufla e coordenador do trabalho.

Para chegar ao resultado, os pesquisadores estudaram as reações de 64 pessoas de 18 a 40 anos. Cada voluntário foi convidado a participar de quatro sessões no laboratório: na primeira, passaram por uma avaliação de altura e peso e contaram suas preferências alimentares.

Depois, voltaram à universidade para fazer três lanches da tarde: um sem distrações, outro em que poderiam usar smartphone, com wi-fi liberado, e um terceiro em que deveriam ler um texto impresso. Em todos os casos eles deveriam estar quatro horas em jejum e poderiam comer o quanto quisessem.

“Deixamos à disposição tanto alimentos ricos em calorias quanto produtos menos calóricos. Escolhemos fazer o estudo no lanche da tarde porque é a hora em que temos menos controle sobre o quanto comemos”, diz Luciano.

Quando estavam usando o smartphone ou lendo o texto, os voluntários ingeriram até 20% a mais de alimentos, ou cerca de 120 calorias.

Não houve diferença entre o smartphone e o texto impresso. “Isso não me surpreendeu. As duas distrações têm o mesmo efeito. Há outros estudos que também mostram a interferência de televisão ou mesmo música ambiente nos hábitos alimentares”, afirma o professor.

Para ele, as crianças podem estar mais sujeitas a essas distrações. “Muitos pais colocam algum distrator para fazer a criança comer. É algo que pode ajudar, mas ela também pode se acostumar a comer só com um dispositivo eletrônico, e já vimos que isso pode aumentar o consumo”, diz ele.

“O melhor mesmo é comer sem nenhuma distração.” É o que também recomenda o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde.

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Veja quais suplementos ajudam e quais não fazem diferença na dieta e na prática de exercício https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2018/01/30/veja-quais-suplementos-ajudam-e-quais-nao-fazem-diferenca-na-dieta-e-na-pratica-de-exercicio/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2018/01/30/veja-quais-suplementos-ajudam-e-quais-nao-fazem-diferenca-na-dieta-e-na-pratica-de-exercicio/#respond Tue, 30 Jan 2018 16:57:40 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/01/pílula-180x120.jpeg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=678 O NIH (National Institutes of Health), entidade de saúde do governo norte-americano, lançou dois documentos para ajudar na escolha de suplementos alimentares, tanto os emagrecedores quanto aqueles voltados para a prática de exercício físico.

São duas páginas com informações sobre 44 substâncias presentes nas fórmulas de suplementos, incluindo chá verde e faseolamina (proteína do feijão branco), que ajudariam na perda de peso, e cafeína, glutamina e aminoácidos tipo BCAA, usados para melhorar o desempenho e os resultados de atividades físicas.

“Os americanos gastam mais de US$ 2 bilhões por ano em suplementos para perda de peso, mas há pouca evidência de que eles realmente funcionam”, disse Anne L. Thurn, do ODS (sigla em inglês para gabinete de suplementos alimentares). “As pessoas podem não saber que muitos fabricantes não fazem estudos em humanos para descobrir se o produto funciona e é seguro”, complementa.

Abaixo, veja a eficácia e a segurança de cinco suplementos emagrecedores (o resto pode ser consultado neste link, em inglês e espanhol). Enquanto a faseolamina tem um efeito discreto no emagrecimento e não traz riscos à saúde, pílulas com extrato de chá verde já foram associadas a danos no fígado (se quiser ver maior, é só clicar na imagem).

 

Agora, conheça a eficácia e a segurança de cinco substâncias usadas em suplementos que ajudariam na prática de exercício físico (veja neste link a lista completa, em inglês e espanhol).

A creatina, por exemplo, pode ajudar em atividades de alta intensidade, como corrida ou levantamento de peso, mas não é indicada para esportes de resistência (corrida a distância ou natação) –se quiser ver maior, é só clicar na imagem.

“Os suplementos dietéticos não podem substituir uma dieta saudável, mas alguns podem ter valor para certos tipos de atividades. Já outros não funcionam e podem até ser prejudiciais”, disse Paul M. Coates, diretor do ODS. “Incentivamos as pessoas a conversar com seus médicos e visitar o nosso site para obter informações sobre esses produtos.”

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Estudo associa dieta sem glúten a maior risco de desenvolver diabetes https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2017/03/29/estudo-associa-dieta-sem-gluten-a-maior-risco-de-desenvolver-diabetes/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2017/03/29/estudo-associa-dieta-sem-gluten-a-maior-risco-de-desenvolver-diabetes/#respond Wed, 29 Mar 2017 19:28:42 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=632 Dietas sem glúten estão na moda, mas um estudo recém-divulgado mostra que trocar pão por tapioca e deixar de comer macarrão pode não ser uma boa ideia.

O trabalho, apresentado num encontro da Associação Americana do Coração, relacionou esses regimes a um maior risco de desenvolver diabetes.

O glúten, proteína vegetal encontrada no trigo, no centeio e na cevada, não é tolerado por uma pequena parcela da população (cerca de 1%) que tem doença celíaca. Para o resto das pessoas, não há evidências científicas que deixar de comer a proteína traga algum benefício.

Alimentos com glúten, em sentido horário: trigo, farinha de centeio, cevada, macarrão, pão e aveia (Foto: Marcelo Justo/Folhapress)

Os pesquisadores, do Departamento de Nutrição da Universidade Harvard, analisaram os dados de três estudos, envolvendo 200 mil pessoas. Durante 30 anos, os participantes foram monitorados e responderam questionários de saúde, incluindo perguntas sobre sua rotina alimentar.

Aqueles que comeram mais glúten apresentaram um risco menor de ter diabetes tipo 2 (a mais comum). Segundo os pesquisadores, quem restringe a ingestão da proteína vegetal tende a comer menos cereais integrais, que têm menor índice glicêmico –são absorvidos mais lentamente pelo organismo.

“Quem não tem doença celíaca pode reconsiderar a limitação da ingestão de glúten”, disse Geng Zong, pesquisador de Harvard.

CAUSA E EFEITO

O estudo associa a dieta sem glúten a uma incidência maior de diabetes, mas não há nenhuma relação de causa e efeito entre as duas coisas. Ou seja, quem cortar o glúten não necessariamente terá diabetes.

“Não existe uma relação direta. As fibras retiradas da dieta poderiam aumentar o risco de diabetes tipo 2, mas em pessoas que já sejam pré-dispostas, com obesidade, história familiar e outros riscos associados”, diz Marcio Krakauer, médico endocrinologista e diretor da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – regional São Paulo).

Além disso, nem todo carboidrato sem glúten tem alto índice glicêmico. Existem opções ricas em fibras.

“Mandioca, inhame, cará e banana-da-terra são alguns exemplos”, afirma a nutricionista Vanderli Marchiori. Outra ideia é acrescentar sementes e cereais integrais a uma receita, como farelo de arroz, chia e farinha de linhaça.

“O problema é o baixo índice glicêmico. Dietas com ou sem glúten, mas de alto índice glicêmico, podem ser associadas a um maior risco de diabetes tipo 2”, diz Marchiori.

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Sal rosa do Himalaia tem baixa concentração de minerais e não vale o que custa, diz nutrólogo https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/07/28/sal-rosa-do-himalaia-tem-baixa-concentracao-de-minerais-e-nao-vale-o-que-custa-diz-nutrologo/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/07/28/sal-rosa-do-himalaia-tem-baixa-concentracao-de-minerais-e-nao-vale-o-que-custa-diz-nutrologo/#respond Thu, 28 Jul 2016 15:30:46 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=487 No último ano, o sal rosa do Himalaia invadiu restaurantes, lojas de produtos naturais e prescrições de nutricionistas, que já recomendam trocar o sal refinado pelo gourmet.

Sites de vendedores no Brasil e no exterior alardeiam os benefícios do produto, rico em minerais. Algumas pitadas por dia ajudariam a aumentar a libido, prevenir cãibras, fortalecer os ossos, melhorar a circulação e a qualidade do sono, de acordo com alguns fabricantes.

Sal rosa do Himalaia, que custa cerca de R$ 40 o quilo (Foto: Freeimages.com)
Sal rosa do Himalaia, que custa até R$ 40 o quilo (Foto: Freeimages.com)

O sabor é o mesmo do sal refinado, mas o preço é bem diferente: um quilo de sal rosa custa até R$ 40 em lojas on-line. A mesma quantidade do sal de mesa comum é vendida por, em média, R$ 2.

Será que o investimento vale a pena? Segundo os fabricantes, o sal rosa tem mais de 80 minerais. Não há pesquisas independentes sobre isso, mas alguns laboratórios americanos já fizeram análises (a pedido de fabricantes) e encontraram mais de 90 compostos químicos no sal do Himalaia, entre eles cálcio, ferro, magnésio, zinco e selênio –minerais essenciais.

O livro “Water & Salt, The Essence of Life” (água e sal, a essência da vida), um dos primeiros a divulgar o sal do Himalaia, em 2003, também traz uma lista de compostos.

Se essa lista for mesmo verdade (não dá para ter certeza porque não são análises independentes), o sal rosa tem sim mais minerais do que o branco, mas não o suficiente para trazer os benefícios divulgados pelos fabricantes, diz o médico nutrólogo Celso Cukier.

“A concentração é baixa. Para fazer diferença nutricionalmente precisaríamos ingerir muito sal e comeríamos muito sódio”, afirma.

FAÇA AS CONTAS

Para citar um exemplo, um grama de sal rosa tem 4 mg de cálcio (segundo as tabelas divulgadas pelos fabricantes). Por dia, um adulto deve ingerir 1.000 mg de cálcio, de acordo com a Anvisa. Isso é o equivalente a 250 gramas de sal do Himalaia.

É claro que ninguém vai comer tudo isso –nem poderia porque seria sódio demais. Cada grama de sal (rosa ou refinado, tanto faz) tem mais ou menos 380 mg de sódio. Segundo a OMS, adultos devem consumir menos de 2 gramas de sódio por dia (cerca de 5 g de sal).

Ou seja: como devemos comer pouco, e a concentração de minerais no produto é baixa, não faz diferença trocar um pelo outro. Pelo contrário: se consumidos em excesso, tanto o sal rosa quanto o branco aumentam o risco de hipertensão e doença cardiovascular.

A nutricionista Erika Almeida Mesquita, que recomenda o sal rosa, defende que além de ter minerais, o produto é mais puro do que o comum.

“O processo de refino adiciona solventes, alvejantes e antiumectantes. O sal do Himalaia é livre dessas toxinas”, afirma.

Apesar de recomendar, ela reconhece que é preciso ingerir com moderação. “O teor de sódio é muito semelhante.”

 

 

 

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Açúcar pode aparecer de pelo menos 21 jeitos nos rótulos de alimentos; veja lista https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/07/11/os-21-nomes-do-acucar/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/07/11/os-21-nomes-do-acucar/#respond Mon, 11 Jul 2016 17:21:26 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=479 Pesquisas recentes do Ministério da Saúde mostram que os brasileiros estão consumindo muito refrigerante e doce –adolescentes tomam mais refri do que café e comem mais doce do que frango e hortaliças.

O problema é que isso é só o começo: há muitas outras fontes de açúcar além das bebidas açucaradas e das sobremesas.

Adolescentes comem mais doces do que hortaliças, de acordo com pesquisa do Ministério da Saúde (Foto Freeimages.com)
Adolescentes comem mais doces do que hortaliças, de acordo com pesquisa do Ministério da Saúde (Foto Freeimages.com)

Molhos de tomate e de salada podem ter mais açúcar do que sal. Cereais matinais, pães de forma e até salgadinhos de milho contêm açúcar, e, muitas vezes, o ingrediente aparece com outro nome no rótulo do produto.

Um informe do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) divulgado em junho mostrou que o açúcar pode aparecer de 21 jeitos no rótulo dos alimentos. São eles:

– Glucose de milho
– Lactose
– Xarope de malte
– Glicose
– Frutose
– Néctar
– Açúcar cristal
– Glucose
– Sacarose
– Açúcar invertido
– Açúcar de confeiteiro
– Açúcar mascavo
– Açúcar bruto
– Mel
– Açúcar branco/refinado
– Melaço/melado
– Caldo de cana
– Dextrose
– Maltose e xarope de milho
– Xarope de malte
– Maltodextrina

São tipos diferentes de açúcar: o refinado de mesa não tem a mesma composição da glucose de milho. Mas a absorção pelo organismo acontece do mesmo jeito, e todos podem levar ao ganho de peso.

A quantidade, independentemente do tipo, não é discriminada na tabela nutricional. O ingrediente entra no bolo dos carboidratos, junto com farinhas e outros amidos.

Para reduzir a ingestão de açúcar, portanto, além de tomar menos refri e evitar doces, é preciso ler rótulos.

Hoje, cerca de 16% das calorias ingeridas diariamente pelos brasileiros vêm do açúcar. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o ideal é que sejam no máximo 10%.

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Gigantes de bebidas tiram refri das escolas, mas mantêm sucos muito doces https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/06/22/gigantes-de-bebidas-cortam-refri-nas-escolas-mas-mantem-sucos-muito-doces/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/06/22/gigantes-de-bebidas-cortam-refri-nas-escolas-mas-mantem-sucos-muito-doces/#respond Wed, 22 Jun 2016 22:10:29 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=462 Ambev, Coca-Cola e PepsiCo anunciaram hoje que não vão mais vender refrigerantes e bebidas gaseificadas em escolas com crianças de até 12 anos. No lugar, serão comercializados apenas sucos com 100% fruta, água mineral, água de coco e bebidas lácteas.

A decisão foi anunciada pelas empresas como uma medida para ajudar a combater a obesidade infantil no país. “No momento do recreio, os alunos têm acesso às cantinas escolares sem a orientação e a companhia de pais e responsáveis, e crianças abaixo de 12 anos ainda não tem maturidade suficiente para tomar decisões de consumo”, diz o comunicado conjunto, divulgado hoje.

O problema é que esses sucos, mesmo com 100% fruta, tem tanto açúcar quanto refrigerante –ou até mais– e mais calorias.

Um copo (200 ml) de Coca-Cola tem 21 gramas de açúcar e 85 kcal. Já o suco de laranja Del Valle 100%, também da Coca-Cola, que será vendido nas cantinas, tem 24 gramas de açúcar (o equivalente a cinco colheres de chá) e 100 kcal.

SUCO

SUCO-2

“Em relação à quantidade de açúcar dá na mesma. Qualquer tipo de bebida doce, mesmo um suco só com fruta, tem o que chamamos de ‘açúcar livre’. Podemos ingerir no máximo 10% das calorias diárias na forma de açúcar”, afirma a nutricionista Ana Paula Bortoletto, do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

Outro problema, segundo ela, é que os sucos industrializados são diferentes do suco natural feito na hora. O Del Valle de uva 100%, por exemplo, tem aromatizante, vitamina C e fibra alimentar.

“Não é a mesma coisa. Eles usam suco reconstituído e adicionam outros ingredientes além da fruta.”

De acordo com ela, o melhor mesmo é substituir suco por fruta e água. “Assim dá para se hidratar e ingerir todas as propriedades do alimento.”

Segundo o documento, além de suco e água, as empresas vão comercializar nas cantinas “bebidas lácteas que atendam a critérios nutricionais específicos”. A PepsiCo informou que vai deixar de vender Toddynho.

“Esses produtos têm só 50% de leite, o resto é água e açúcar. Não tem nenhuma qualidade nutricional, nem mesmo o benefício de consumir mais proteína”, diz Bortoletto. Para ela, a decisão é um primeiro passo. “Espero que seja só o começo.”

O LADO DAS INDÚSTRIAS

“É claro que fruta é melhor do que suco, mas somos uma empresa de bebidas. E muitas cantinas não têm como vender a fruta in natura. Pensando no que podemos fazer, acho que isso é o melhor possível”, diz Andrea Mota, diretora de Categorias da Coca-Cola Brasil.

Segundo ela, os sucos 100% fruta têm adição de fibras, para retardar a absorção da glicose pelo organismo.

A assessoria de imprensa da Ambev, responsável pelo Guaraná Antarctica, informou que, além de refrigerantes, deixará de vender chás prontos. A empresa ressalta que os únicos sucos vendidos são da marca Do Bem, sem adição de açúcar nem conservantes.

A PepsiCo informou por meio de nota que está orgulhosa com o novo posicionamento. “A empresa acredita que essa iniciativa trará resultados positivos para as famílias seguirem as suas escolhas em relação à alimentação dos filhos em idade escolar. As cantinas continuarão sendo abastecidas com outras opções, como água de coco, por exemplo.”

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Nova Coca-Cola verde ainda tem muito açúcar, segundo nutricionistas https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/06/21/nova-coca-cola-verde-ainda-tem-muito-acucar-segundo-nutricionistas/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/06/21/nova-coca-cola-verde-ainda-tem-muito-acucar-segundo-nutricionistas/#respond Tue, 21 Jun 2016 20:17:48 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=457 No início do mês, a Coca-Cola lançou no Brasil uma versão mista do refrigerante, adoçada com estévia, edulcorante de origem natural, e açúcar –50% menos do que a versão tradicional.

Na prática, quer dizer que, em vez de ter 21 gramas de açúcar por copo, a Coca-Coca Life (ou “Coca verde”) tem dez gramas –ou duas colheres de chá. Em uma lata são 17,5 gramas, três colheres e meia.

“O ideal é que 10% das calorias da dieta venham da ingestão de açúcar. Dependendo do consumo, dez gramas por copo pode representar uma parcela grande disso”, disse Ana Paula Gines Geraldo, nutricionista, professora da Universidade Federal de Santa Catarina.

Ela analisou o rótulo da bebida e viu que, apesar de ter menos açúcar, o produto tem mais aditivos. “Há dois aditivos a mais que a Coca-Cola tradicional. São conservantes e reguladores de acidez. Não dá para falar que é uma bebida saudável.”

A nova Coca-Cola Life, com redução de 50% de açúcar (Foto Divulgação)
A nova Coca-Cola Life, com redução de 50% de açúcar (Foto Divulgação)

A nutricionista do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) Ana Paula Bortoletto concorda. “Continua sendo uma bebida açucarada, que leva ao aumento de peso e ao diabetes”, diz.

Para Bortoletto, o pior é que o produto passa uma ideia de que é saudável. “A cor verde tem esse apelo. O consumidor tende a imaginar que pode beber em maior quantidade, o que não é verdade.”

A embalagem do produto ainda destaca que o açúcar usado vem da cana. “Não sei porque destacam isso, dá na mesma, é açúcar do mesmo jeito”, afirma Bortoletto.

É SÓ O COMEÇO

A Coca-Cola Life é uma das primeiras bebidas mistas do Brasil. Até dezembro do ano passado, refrigerantes e sucos adoçados parte com açúcar e parte com adoçante eram proibidos por uma lei do Ministério da Agricultura.

A legislação mudou e agora a tendência é que surjam novas bebidas desse tipo. O problema, segundo as nutricionistas, é que pode haver uma ingestão descontrolada de adoçante.

“Tanto a estévia quanto os outros adoçantes têm um limite de consumo [previsto pela Anvisa], que deve ser respeitado para garantir a segurança. Quanto mais produtos tiverem adoçante e mais pessoas estiverem consumindo, mais fácil fica de chegarmos a esse limite”, diz Bortoletto.

“Não é um consumo livre. Só porque não tem calorias, muita gente pensa que pode comer à vontade. Não é assim”, complementa Ana Gines.

VEJA QUAL É A INGESTÃO DIÁRIA MÁXIMA DE VÁRIOS TIPOS DE ADOÇANTE

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OUTRO LADO

Andrea Mota, diretora de estratégia de categorias da Coca-Cola Brasil, disse que a intenção da marca é dar mais opção para o consumidor.

“As próprias nutricionistas falam que é importante controlar a ingestão de açúcar. A Coca-Cola lançar uma bebida com metade do açúcar e adoçante natural não é pouco. É importante o consumidor ter opção, ter variedade. Quem não quer açúcar nenhum pode tomar a Coca-Cola Zero, se você quer metade tem do açúcar agora tem a Life.”

Segundo Mota, o açúcar usado na “Coca verde” é o mesmo usado nos outros produtos. “A ideia, ao divulgar o tipo de açúcar, não foi dizer que é mais saudável que outros. Nossa intenção foi só informar o consumidor.”

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Estudo questiona a relação entre consumo de gordura e ganho de peso https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/06/07/estudo-questiona-a-relacao-entre-consumo-de-gordura-e-ganho-de-peso/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/06/07/estudo-questiona-a-relacao-entre-consumo-de-gordura-e-ganho-de-peso/#respond Tue, 07 Jun 2016 18:51:10 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=449 Uma pesquisa publicada ontem na revista científica Lancet questiona leis da nutrição ao mostrar que nem sempre comer alimentos ricos em gordura leva ao ganho de peso. Pelo contrário, na pesquisa, que acompanhou 7.447 voluntários por cinco anos, a dieta que teve o pior resultado foi aquela que cortou a ingestão de comidas gordurosas.Isso não quer dizer que o consumo de bacon está liberado, mas é mais um golpe contra as dietas que pregam a baixa ingestão de gordura, principalmente de origem vegetal –azeites e castanhas, por exemplo.
Castanha-do-pará, que tem 63 gramas de gordura e 643 calorias em 100 g do alimento
Castanha-do-pará, que tem 63 gramas de gordura e 643 calorias em 100 g do alimento

Os voluntários foram divididos em três grupos, cada um seguiu um cardápio diferente. No primeiro, os participantes adotaram a dieta mediterrânea, baseada no consumo de peixes, vegetais, frutas, pão e cereais integrais. Além de seguir o regime, eles ganharam azeite de oliva e foram instruídos a consumir 50 ml por dia (cerca de 415 calorias).

No segundo grupo, em vez de azeite, os participantes ganharam castanhas e foram aconselhados a comer 30 gramas diariamente (aproximadamente 200 calorias). E, no último grupo, a orientação era evitar o consumo de qualquer tipo de gordura.

Em cinco anos, todo mundo perdeu um pouco de peso, mas quem mais perdeu foram aqueles que ingeriram azeite de oliva –em média, os participantes desse grupo baixaram cerca de um quilo.

O tamanho da cintura de todos os participantes subiu ligeiramente. De novo, quem teve o pior resultado foi o grupo que comeu menos gordura (os voluntários ganharam cerca de 1,2 centímetros de cintura).

“As políticas de saúde têm defendido a restrição da gordura há 40 anos, mas isso não têm significado redução nos níveis de obesidade”, diz Ramon Estruch, pesquisador da Universidade de Barcelona e coordenador do trabalho.

“Nosso estudo mostra que uma dieta rica em gorduras vegetais teve pouco efeito sobre o peso corporal ou a circunferência da cintura em comparação com uma dieta com restrição de lipídios”, diz. Mas alerta: “Nossos resultados certamente não indicam que as dietas com altos níveis de gorduras não saudáveis, como manteiga, carnes processadas e fast-foods, são benéficas.”

SEGUNDO CAPÍTULO

Não é a primeira vez que a ciência redime a gordura. Há dois anos, uma pesquisa publicada no periódico “Annals of Internal Medicine” questionou a relação entre a ingestão de gordura saturada e a ocorrência de doenças cardiovasculares. Quem comia mais esse tipo de gordura, considerada não saudável, não tinha mais doenças do coração.
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Diário da balança #3: De volta ao glúten https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/05/16/diario-da-balanca-3-de-volta-ao-gluten/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/05/16/diario-da-balanca-3-de-volta-ao-gluten/#respond Mon, 16 May 2016 13:44:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=445 Voltei a comer glúten há duas semanas. No total, foram seis semanas sem trigo e derivados, com algumas escapadas.

Nesse período, descobri que o vilão não é o glúten, mas o que vem junto com ele. Exemplo: bolachinhas e torradas integrais que eu comia no lanche da tarde.

Claro que existem substitutos (tem até brownie zero), mas em geral esses produtos são menos gostosos e mais caros.

Essa é a sacada das dietas sem glúten: como é difícil conseguir substitutos, a probabilidade de comer maçã em vez de cookies integrais no lanche da tarde é maior. Foi o que aconteceu comigo. No fim dessas seis semanas, acabei me acostumando a comer frutas e castanhas nos intervalos das refeições.

Nesse período também parei de comer pastéis integrais ou esfirras de ricota à noite. Troquei tudo por salada ou sopa.

Claro que as trocas me ajudaram a perder mais peso, mas não porque deixei de comer glúten, e sim porque parei de comer esfirra. A culpa não era do trigo em si, mas dos carboidratos. Se eu comer um prato de arroz ou farofa de milho, que não tem glúten, vai dar na mesma.

Já entendi isso e não preciso mais de um pretexto para controlar a ingestão de carboidratos. Não sou intolerante à proteína.

Na semana passada, para comemorar a nova fase, comprei as minhas bolachinhas de chocolate favoritas. Não gostei, achei doces demais. Será que o meu paladar está mudando?

Tomara que sim. Até agora, perdi 16 quilos e finalmente saí da obesidade, de acordo com a classificação do IMC. Hoje, tenho sobrepeso. Sei que isso pode não significar muita coisa (ainda preciso perder mais uns 10 kg, pelo menos), mas acho que estou no caminho certo: consumindo glúten, com moderação.

 

 

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Após o “antes e depois”: Por que os participantes de reality shows voltam a engordar https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/05/03/apos-o-antes-e-depois-por-que-os-participantes-de-reality-shows-voltam-a-engordar/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2016/05/03/apos-o-antes-e-depois-por-que-os-participantes-de-reality-shows-voltam-a-engordar/#respond Tue, 03 May 2016 17:27:29 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=426 Uma pesquisa publicada ontem no jornal científico “Obesity” acompanhou durante seis anos 14 ex-participantes do reality show americano de emagrecimento “The Biggest Loser” (ou “Perder para Ganhar”), transmitido no Brasil pelo canal pago Discovery Home & Health.

No programa, que já está na 17ª edição, obesos ficam confinados em um centro de treinamento e perdem muito peso graças a uma rotina pesada de dieta e exercícios físicos. O vencedor da última temporada, que terminou em fevereiro, emagreceu 72 quilos (foi de 157 kg no começo do reality para 85 kg no final).

O estudo, coordenado por Kevin Hall, pesquisador do National Institutes of Health, descobriu que o emagrecimento radical desacelera o metabolismo basal dos participantes –ou seja, reduz a quantidade de calorias gastas pelo organismo em repouso. Isso torna quase impossível a manutenção do peso depois que o programa termina.

Uma reportagem publicada no jornal “New York Times” contou a história de alguns participantes, entre eles Danny Cahill, 46, palestrante e músico que perdeu 109 quilos durante a 8ª edição do programa, em 2009.

Ele foi de 195 kg para 86 kg em sete meses, um recorde do programa. Hoje, pesa 133 kg: recuperou 47 em seis anos.

Danny Cahill (Crédito George Etheredge/The New York Times)
Danny Cahill, que perdeu 109 kg em sete meses e recuperou 47 em seis anos  (Ilana Panich-Linsman/The New York Times)

“Quanto mais bem sucedido você for na perda de peso, mais lento vai ficar seu metabolismo e mais fome você vai sentir”, disse Hall em um vídeo publicado pelo “NYT”.

Para tentar descobrir por que é tão difícil manter o peso depois de um regime radical, a equipe de Hall submeteu os 14 ex-participantes da 8ª temporada do programa a três dias de testes. O peso e os níveis de atividade física dos voluntários também foram monitorados. Os resultados mostram que os participantes queimam menos calorias do que deveriam.

Cahill, por exemplo, gasta, em média 800 kcal a menos por dia do que um homem da sua idade.

O mesmo aconteceu com o pastor Sean Algaier, 36, que hoje queima 458 calorias a menos do que quando entrou no programa. Durante o reality, ele foi de 201 kg para 131 kg. Hoje pesa 204 kg.

(George Etheredge/The New York Times
Sean Algaier, 36, que hoje queima 458 calorias a menos do que quando entrou no programa (George Etheredge/The New York Times)

Não há nenhuma novidade na relação entre emagrecimento e redução no metabolismo. Acontece: pesando menos, o organismo precisa de menos energia para sobreviver.

O problema é que, no caso dos participantes do programa, o metabolismo caiu cada vez mais com o passar do tempo, como se o organismo lutasse para recuperar o peso perdido. Além disso, os pesquisadores descobriram que os níveis de leptina, hormônio que regula a fome, reduziram quase que pela metade, o que pode explicar episódios de compulsão alimentar.

A reportagem do “NYT” procurou o médico do programa “The Biggest Loser”, Robert Huizenga, e ele disse que manter a perda de peso é sempre difícil, por isso recomenda aos ex-competidores que controlem a dieta e se exercitem pelo menos nove horas por semana.



 


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