A Chata das Dietas https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br Os regimes da moda na balança Thu, 02 Jul 2020 13:55:49 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Vegana ou ‘low carb’? Pesquisa elege as 8 melhores dietas para 2020 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2020/01/06/vegana-ou-low-carb-pesquisa-elege-as-8-melhores-dietas-para-2020/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2020/01/06/vegana-ou-low-carb-pesquisa-elege-as-8-melhores-dietas-para-2020/#respond Mon, 06 Jan 2020 15:22:57 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/plant-based-320x213.jpg https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=983 A publicação americana U.S. News & World Report divulgou um ranking com as melhores dietas para perder peso no ano novo e tirar as promessas de 2020 do papel.

Os regimes foram escolhidos por um painel de 25 especialistas. Veja a lista.

Vigilantes do peso
Programa de reeducação alimentar baseado em um sistema de pontos, em que cada alimento tem um score, e o participante faz seu cardápio respeitando uma pontuação máxima. Tem planos digitais e presenciais. O digital, com acompanhamento online, custa a partir de R$ 13,90 por semana. Site: vigilantesdopeso.com.br.

Vegana
Tira do cardápio todos os alimentos de origem animal, incluindo laticínios, ovos e produtos industrializados com aditivos naturais, feitos a partir de partes de ossos ou insetos. Sobram frutas, legumes, verduras, grãos, nozes e sementes. É rica em fibras e pobre em gorduras saturadas.

Dieta volumétrica
Divide as comidas em quatro categorias, baseadas na densidade energética (quanto menos, melhor) e no volume dos alimentos (quanto mais, melhor).

A categoria um inclui, entre outras coisas, frutas, verduras e leite desnatado. Na categoria dois estão vegetais ricos em amido, grãos, cereais e carne com baixo teor de gordura. Na categoria três, outras carnes e alimentos mais calóricos, como pizza e bolo. Já na categoria quatro estão chocolates e biscoitos recheados.

Os adeptos devem se concentrar nas categorias um e dois, controlar porções da categoria três e evitar ao máximo a categoria quatro.

Flexitariana
Junção das palavras “flexível” e “vegetariana”, prevê um cardápio rico em verduras e legumes e sem carne na maior parte do tempo, mas permite o consumo de proteína animal um dia ou outro. O termo foi cunhado pela nutricionista americana Dawn Jackson Blatner, em 2010. Também é chamada de semivegetariana.

Dieta Jenny Craig
O programa da guru de emagrecimento americana oferece refeições prontas e aconselhamento nutricional. Disponível nos Estados Unidos. No Brasil, há serviços de dietas parecidos que entregam em casa cardápios prontos, low carb ou vegetariano, por exemplo, menus personalizados e pratos avulsos. Entre eles o Liv Light, o Liv Up e o Keep Light.

Dieta Ornish
Criada por Dean Ornish, professor clínico de medicina da Universidade da Califórnia, em San Francisco, é pobre em gordura, carboidratos refinados e proteína animal. O objetivo maior é reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Para isso, apenas 10% das calorias devem ser provenientes de gorduras.

O especialista recomenda ainda a prática de exercícios e o uso de estratégias para controlar o estresse, como exercícios de respiração e ioga.

Dieta Engine 2

Mais um regime plant-based (à base de plantas), Engine 2 é praticamente uma dieta vegana 2.0: sem óleos vegetais e apenas com grãos integrais. Criada pelo ex-atleta profissional americano e médico Rip Esselstyn. Ele aparece no documentário “The Game Changers” (em português, “Dieta de Gladiadores”), da Netflix, desafiando bombeiros de Nova York a fazer sete dias de programa.

Dieta da Clínica Mayo

A clínica americana, que também é um centro de pesquisas, criou sua própria pirâmide alimentar, que serve de orientação para escolher o cardápio. A pirâmide enfatiza frutas, vegetais e grãos integrais.

Os alimentos que estão na base têm menor densidade energética e podem ser ingeridos em maior quantidade. Os produtos que estão no topo devem ser consumidos com moderação.

 

 

Pirâmide elaborada pela Clínica Mayo, nos EUA; na base, vegetais, frutas e atividade física, acima, carboidratos integrais, carnes e derivados de leite e, no topo, gorduras e doces, que devem ter consumo moderado (Divulgação)
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Associação médica dos EUA reconhece low carb como opção contra diabetes https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2019/05/10/associacao-medica-dos-eua-reconhece-low-carb-como-opcao-contra-diabetes/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2019/05/10/associacao-medica-dos-eua-reconhece-low-carb-como-opcao-contra-diabetes/#respond Fri, 10 May 2019 12:01:26 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/Fotolia_196008973_S-320x213.jpg https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=897 A dieta low carb, que prevê um baixo consumo de carboidratos como pães e massas, pode ser usada para tratar diabetes tipo 2, segundo a nova diretriz da Associação Americana de Diabetes (ADA, em inglês).

O documento, publicado em abril, atualiza recomendações anteriores e é usado como uma referência para combater a doença, muitas vezes relacionada com a obesidade.

É a primeira vez que a dieta da moda, que já foi adotada por celebridades como a atriz Paolla Oliveira e a cantora americana Jennifer Lopez, é citada em um consenso do tipo.

“As evidências científicas já estavam claras há muitos anos, mas havia uma resistência das associações em fazer esse endosso, em parte por ser algo popular. O que deve definir se algo é válido ou não é a popularidade, mas o nível de evidência”, diz o médico José C. Souto, presidente da Associação Brasileira LowCarb, criada em setembro do ano passado.

A Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) ainda não tem um posicionamento a respeito. Mas o presidente da entidade, Rodrigo Moreira, vê com ressalvas a inclusão da dieta na diretriz americana.

“Não é um endosso. Não estão dizendo que é a melhor dieta contra o diabetes, estão apenas dizendo que é uma opção. Acho que nenhum endocrinologista discorda que é uma opção, mas não pode ter radicalismo”, diz.

Em média, um adulto consome entre 55% e 65% das calorias diárias em forma de carboidrato. Além de pães e açúcares, entram nessa conta frutas, legumes, cereais e leguminosas.

Na dieta low carb, o consumo de carboidrato é reduzido a menos de 45% da dieta, ou abaixo de 100-130 gramas por dia. A restrição pode ser mais radical: em torno de 20 a 50 gramas por dia (menos de 10% das calorias). É a chamada dieta cetogênica.

Quem faz low carb em geral segue um cardápio à base de proteínas, legumes, verduras e gorduras.

É mais ou menos a mesma coisa que recomenda a chamada dieta da proteína, ou dieta Atkins, que surgiu nos anos 1970 com um livro do médico americano Robert Atkins.

“A diferença é que o Atkins era mais marqueteiro, dizia coma quanto quiser, quanta gordura quiser. Hoje, ninguém vai dizer isso para o paciente. Não indicamos porções, mas alimentos supergordurosos não são liberados”, diz Souto.

Para Moreira, da Sbem, o maior consumo de proteína animal e de gordura saturada pode elevar o risco de colesterol.

Souto rebate: “O documento da ADA fala sobre isso. Diz que com as evidências atuais o low carb parece não aumentar o risco cardiovascular”.

Mas a diretriz também afirma que são necessárias mais pesquisas, e de longo prazo.

“Temos vários estudos científicos com low carb. Há um benefício grande no curto prazo, mas que é difícil de ser sustentado. É uma opção possível, mas que deve ser acompanhada por nutricionista. Não dá para fazer por conta”, diz Moreira.

A dieta é contraindicada para grávidas, mulheres que estão tentando engravidar, pessoas com risco de desenvolver transtorno alimentar, pacientes de doenças renais ou quem toma uma nova classe de drogas contra diabetes, as glifozinas.

Segundo Moreira, mais importante do que a quantidade de carboidratos é a qualidade. E isso vale para todo mundo, não só para quem quer emagrecer.

“O problema não é a quantidade de carboidrato, mas o tipo. A discussão vai muito mais para esse lado hoje. Se você come açúcar, farinha e alimentos ultraprocessados, mesmo em quantidades pequenas, pode ter malefícios. Mas carboidratos complexos, como vegetais, frutas e laticínios, têm benefícios imensos para a saúde.”

Para o nutricionista do esporte Felipe Quintinho de Souza Almeida os carboidratos não são vilões.

“Não estamos engordando por causa de carboidratos. Na verdade, nossa ingestão está dentro das quantidades indicadas. Ingerimos um pouco mais de gordura e de proteína do que o recomendado e mais calorias, por causa dos ultraprocessados”, diz.

Aviso: Este blog entra em férias e volta no início de junho.

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