A Chata das Dietas https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br Os regimes da moda na balança Thu, 02 Jul 2020 13:55:49 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Estudo conclui que a maioria dos estudos sobre dieta são enviesados https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2019/11/25/estudo-conclui-que-a-maioria-dos-estudos-sobre-dieta-sao-enviesados/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2019/11/25/estudo-conclui-que-a-maioria-dos-estudos-sobre-dieta-sao-enviesados/#respond Mon, 25 Nov 2019 18:08:31 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/foto-adobe-320x213.jpg https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=978 A ciência parece sempre mudar de ideia sobre o que e quanto devemos comer para manter o peso e a saúde.

Agora, um novo artigo mostra que essa falta de consenso não é à toa. Segundo um estudo que avaliou 343 pesquisas científicas na área de nutrição, a maioria dos trabalhos sobre dieta são mal feitos: envolvem poucas pessoas, têm curta duração e não conseguem controlar a adesão dos participantes aos cardápios testados.

O artigo foi publicado no Jama Network (revista da Associação Médica Americana) neste mês.

Os autores, da faculdade de medicina de Harvard e do centro de pesquisa biomédica Pennington, também escreveram um artigo para o jornal New York Times, com o título: “Por que é tão difícil descobrir o que comer”.

Eles compararam os métodos e objetivos das pesquisas sobre dietas com ensaios clínicos de drogas contra obesidade.

“A maioria dos testes de dieta, mesmo nos melhores periódicos, falha até nas medidas mais básicas de controle de qualidade”, dizem David Ludwig e Steven Heymsfield no texto escrito para o New York Times.

Os trabalhos analisados foram publicados de 2009 a 2019 nos principais jornais científicos (The New England Journal of Medicine, JAMA, The BMJ, The Lancet, Annals of Internal Medicine e The American Journal of Clinical Nutrition).

De 343 estudos, os pesquisadores selecionaram 21 para analisar de perto. Destes, mais de 80% tiveram seus objetivos alterados depois de já terem começado, o que pode indicar que os levantamentos são enviesados, segundo o artigo.

Nos Estados Unidos, quem recebe financiamento público para realizar um ensaio clínico deve registrar o que planeja testar e como deve usar os recursos do projeto antes de o trabalho começar.

“Comparando os registros originais com os estudos finais publicados, descobrimos que os ensaios com dietas na última década tinham cerca de quatro vezes mais chances de discrepância no resultado do que os ensaios com medicamentos”, escrevem os autores.

Uma das pesquisas, por exemplo, inicialmente registrou como objetivo acompanhar a evolução de peso dos participantes ao longo de cinco anos, mas depois, no fim, mudou o objetivo para avaliar a “alteração na gordura corporal em um ano”.

Em comparação, apenas 21% dos ensaios clínicos para aprovar medicamentos contra obesidade mudaram os objetivos no meio do caminho.

“As falhas são perturbadoras, porque a epidemia de doenças relacionadas à dieta diminui a expectativa de vida e impõe enormes custos”, afirmam Ludwig e Heymsfield.

Segundo eles, a ciência continua sem ter estratégias de prevenção da obesidade em parte porque os ensaios clínicos foram mal planejados.

“Ainda estamos debatendo questões que surgiram há décadas: devemos nos concentrar na redução de carboidratos ou de gordura? A carne vermelha é prejudicial? O açúcar é tóxico? E quanto a bebidas adoçadas artificialmente ou quantidades moderadas de álcool?”, continuam.

Os autores terminam pedindo mais investimentos em pesquisas sobre dieta. Para eles, esses trabalhos são subfinanciados, além de mais complicados de serem feitos do que os testes de drogas.

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Combinado de sushi tem mais carboidrato que quatro fatias de pão de forma https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2017/03/02/combinado-de-sushi-tem-mais-carboidrato-que-quatro-fatias-de-pao-de-forma/ https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/2017/03/02/combinado-de-sushi-tem-mais-carboidrato-que-quatro-fatias-de-pao-de-forma/#respond Thu, 02 Mar 2017 12:35:39 +0000 https://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Combinado_Nami_-180x108.jpg http://achatadasdietas.blogfolha.uol.com.br/?p=609 Quer comer algo mais leve para compensar os exageros do Carnaval? Comida japonesa pode não ser uma boa opção. Principalmente se a escolha for um combinado clássico, com vários tipos de sushi.

Um prato desses tem mais de 50 gramas de carboidrato –a mesma coisa que quatro fatias de pão de forma ou quase 200 gramas de macarrão com molho bolonhesa (mais ou menos dois pratos).

O arroz do sushi, que leva açúcar no preparo, é o grande culpado pelo alto teor de carboidrato.

“No Combinado Nami usamos, em média, 5,7 g de açúcar refinado, o equivalente a um sachê”, afirma Verônica Leite, técnica de nutrição da rede Temakeria e Cia. Veja a tabela nutricional do prato, com 14 sushis e dez sashimis (foto acima).

Tabela nutricional do Combinado Nami (foto acima), da Temakeria e Cia

O uso de açúcar –e o teor de carboidratos– não é exclusividade da rede. Um combinado com nove sushis e três sashimis no Gendai tem 51 gramas de carboidrato.

Combinado Gendai, da rede de comida japonesa homônima, com 378 kcal e 51 gramas de carboidrato (Divulgação)

“Para quem está de dieta, o mais recomendado seria consumir os sashimis ou até mesmo os niguiris, que não têm tanto arroz quanto os sushis. Quem tem diabetes precisa tomar muito cuidado, porque, além de ter açúcar no tempero, o próprio arroz se transforma em açúcar ao ser metabolizado pelo organismo”, diz a nutricionista da rede Gendai Agnes Akina.

BOMBA DE CARBOIDRATO

“É uma paulada, uma bombinha de carboidrato. É uma carga glicêmica muito alta para uma refeição”, afirma a nutricionista funcional Daniela Jobst.

Segundo ela, comida japonesa é saudável, mas é preciso saber fazer escolhas. “Abuse do sashimi, coma missô e cogumelos, mas evite sushi, tempurá e outras frituras”, diz.

Além de fugir das preparações com arroz, a nutricionista Luiza Ferracini, do Dietbox, lembra que sushis com cream cheese e hot rolls são mais calóricos.

“As peças podem ter de 20 kcal até 100 kcal. Um niguiri de salmão, por exemplo, tem 50 kcal e 6 g de carboidratos. Já o sashimi de salmão (que não tem arroz) possui cerca de 20 kcal e uma quantidade mínima de carboidratos. Além disso, tem 3 gramas de proteína por peça”, diz.

E O SÓDIO?

Os pratos que levam molho de soja –ou são banhados no shoyo– também são ricos em sódio.

Uma colher de sopa de shoyo tem, em média, 800 mg de sódio; a versão light tem cerca de 500 mg. Lembrando que uma pessoa adulta deve consumir menos de 2.000 mg de sódio por dia (ou 5 g de sal de cozinha), segundo a Organização Mundial da Saúde.

“O consumo excessivo pode causar hipertensão e problemas cardíacos. Mesmo o shoyu light ainda tem muito sódio”, diz Ferrarini.

Jobst sugere diluir o molho com limão espremido e acrescentar gengibre. “Tem que consumir com moderação.”

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