Açúcar pode aparecer de pelo menos 21 jeitos nos rótulos de alimentos; veja lista

Juliana Vines

Pesquisas recentes do Ministério da Saúde mostram que os brasileiros estão consumindo muito refrigerante e doce –adolescentes tomam mais refri do que café e comem mais doce do que frango e hortaliças.

O problema é que isso é só o começo: há muitas outras fontes de açúcar além das bebidas açucaradas e das sobremesas.

Adolescentes comem mais doces do que hortaliças, de acordo com pesquisa do Ministério da Saúde (Foto Freeimages.com)
Adolescentes comem mais doces do que hortaliças, de acordo com pesquisa do Ministério da Saúde (Foto Freeimages.com)

Molhos de tomate e de salada podem ter mais açúcar do que sal. Cereais matinais, pães de forma e até salgadinhos de milho contêm açúcar, e, muitas vezes, o ingrediente aparece com outro nome no rótulo do produto.

Um informe do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) divulgado em junho mostrou que o açúcar pode aparecer de 21 jeitos no rótulo dos alimentos. São eles:

– Glucose de milho
– Lactose
– Xarope de malte
– Glicose
– Frutose
– Néctar
– Açúcar cristal
– Glucose
– Sacarose
– Açúcar invertido
– Açúcar de confeiteiro
– Açúcar mascavo
– Açúcar bruto
– Mel
– Açúcar branco/refinado
– Melaço/melado
– Caldo de cana
– Dextrose
– Maltose e xarope de milho
– Xarope de malte
– Maltodextrina

São tipos diferentes de açúcar: o refinado de mesa não tem a mesma composição da glucose de milho. Mas a absorção pelo organismo acontece do mesmo jeito, e todos podem levar ao ganho de peso.

A quantidade, independentemente do tipo, não é discriminada na tabela nutricional. O ingrediente entra no bolo dos carboidratos, junto com farinhas e outros amidos.

Para reduzir a ingestão de açúcar, portanto, além de tomar menos refri e evitar doces, é preciso ler rótulos.

Hoje, cerca de 16% das calorias ingeridas diariamente pelos brasileiros vêm do açúcar. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o ideal é que sejam no máximo 10%.